Com crise, 4,3 milhões desistem de buscar emprego
RIO - O número de brasileiros que desistiu de procurar emprego já chega a 4,3 milhões. Pela primeira vez, o IBGE divulgou dados sobre o tema em sua pesquisa de emprego, a Pnad Contínua. Os números mostram que o desalento bateu recorde: o patamar registrado no último trimestre do ano passado é o maior da série histórica, iniciada em 2002.
Segundo o IBGE, a população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade. Essas pessoas, se tivessem conseguido trabalho, estariam disponíveis para assumir a vaga. A população desalentada faz parte da força de trabalho potencial.
Do total de trabalhadores em desalento no país, quase 60% estão no Nordeste. Em números absolutos, o maior contingente está na Bahia (663 mil) e no Maranhão (410 mil). E, em Alagoas, há a maior taxa de desalento do país: 15,4% da força de trabalho já desistiram de buscar uma colocação no mercado de trabalho.
Na média nacional, a taxa de desalento é de 3,9%.
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