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Eventual vitória de Trump não coloca em risco relação Brasil-EUA, diz Haddad

Por Folha de São Paulo

24/07/2024 19h00 — em
Economia



RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou nesta quarta-feira (24) que uma eventual vitória do ex-presidente Donald Trump na eleição dos Estados Unidos não colocaria em risco a relação de parceria do país com o Brasil.

O chefe da equipe econômica afirmou que é difícil opinar sobre eleição em outro país e disse desejar que a troca entre o Brasil e os EUA seja vista como um "intercâmbio entre Estados".

"A gente deseja que esse intercâmbio não seja visto como um intercâmbio entre governos, mas entre Estados que têm uma relação muito antiga e que pode ser fortalecida com benefícios mútuos", afirmou.

"Eu não vejo por que uma alternância possa colocar em risco esse tipo de parceria que está sendo tratada com a secretária [do Tesouro dos EUA, Janet] Yellen", acrescentou.

O ministro conversou com jornalistas no Rio de Janeiro após evento paralelo ao encontro de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 -grupo que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e a União Africana).

No último domingo (21), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que não será mais candidato à reeleição após intensa pressão interna do Partido Democrata pela sua saída. Ele endossou sua vice, Kamala Harris, para ser a candidata democrata na eleição de novembro.

Na primeira pesquisa feita após a desistência de Joe Biden da eleição à Presidência dos Estados Unidos, Kamala aparece numericamente à frente de Donald Trump e supera o republicano fora da margem de erro no cenário em que o candidato independente Robert F. Kennedy Jr. é incluído entre as opções.

No cenário no qual apenas Kamala e Trump são apontados como opções, a democrata alcança 44% das intenções de voto, contra 42% do republicano. A diferença entre os dois está dentro da margem de erro da pesquisa, de três pontos percentuais.

Um levantamento da CNN divulgado nesta quarta, no entanto, apontou na direção contrária e mostrou que Trump seria a escolha de 49% dos eleitores americanos, enquanto Kamala teria 46% das intenções de voto.

Na manhã desta quarta, Haddad teve uma reunião bilateral com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos. Os líderes discutiram, entre outros temas, a aproximação dos dois países em relação à transformação ecológica e à transição energética.

Nos primeiros minutos do encontro, o ministro ressaltou as "conversas muito frutíferas" que teve com Yellen desde que assumiu o cargo e as ambições de estreitar laços com os Estados Unidos.

"A orientação do presidente Lula é sempre buscar, sobretudo com os países que temos relações históricas e valores comuns, nossos melhores entendimentos e estabelecer parcerias cada vez mais profundas e espero que esta reunião não seja diferente das anteriores", disse Haddad pela manhã.


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