João Fonseca ganha força no tênis e exibe patrocínios de peso e o que importa no mercado nesta quarta-feira
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - João Fonseca ganha força no tênis e exibe patrocínios de peso, Agro quer de volta a coroa de maior exportação brasileira e outros destaques do mercado nesta quarta-feira (15).
**JOÃO GANHA E LUCRA**
Temos um novo fenômeno no esporte? Parece que sim e o nome dele é João Fonseca, 18, que venceu o russo Andrei Rublev, número 9 do mundo, no Australian Open.
É a primeiro vez do brasileiro em um Grand Slam, série que reúne as quatro principais competições de tênis: Australian Open (Austrália), Roland Garros (França), Wimbledon (Inglaterra) e US Open (EUA).
O QUE ISSO TEM A VER COM ECONOMIA?
Tudo. Patrocinar campeonatos, times ou esportistas é uma grande vitrine para empresas, e cada esporte tem seu público. No caso do tênis, as marcas de luxo costumam ser as favoritas.
João Fonseca estampa no peito o logo da marca On, o que é feito importante para a carreira do jovem profissional.
Um dos acionistas da On é Roger Federer, que já ocupou a posição de tenista nº 1 do mundo e tem 20 títulos em Grand Slams.
A empresa novata ameaça o domínio de marcas como a Adidas e a Nike no mercado de itens esportivos. Em novembro, contamos essa história aqui na newsletter (leia).
O QUE O TÊNIS VENDE?
Sofisticação e dinheiro. Lacoste, Porsche, TAG Heuer, Louis Vuitton e Gucci estão entre as marcas luxuosas que estampam seus logos no esporte.
Fonseca também atraiu a Rolex e a XP Investimentos como patrocinadores. Os valores dos contratos não foram revelados.
E OS PRÊMIOS?
Os tenistas ganham valores em dinheiro por vitórias em torneios. Três conseguiram acumular mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 606,6 milhões) ao longo da carreira:
1º Novak Djokovic US$185 milhões (R$ 1,1 bilhão)
2º Rafael Nadal US$134 milhões (R$ 812,9 milhões)
3º Roger Federer US$ 130 milhões (R$ 788,6 milhões)
João Fonseca ganhou US$ 847 mil (R$ 5,1 milhões) até agora na breve carreira.
**TRILHÃO DO AGRO**
Se em 2024 o petróleo levou a medalha de ouro na competição pelo posto de produto mais exportado pelo Brasil, a soja não quer deixar barato em 2025. A safra de grãos deste ano deverá ser recorde, segundo uma estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O QUE ROLOU?
No ano passado, a soja passou por maus bocados nem tão maus assim, uma vez que segura o título de maior exportador mundial do grão. Ela saiu da liderança devido ao que chamamos de quebra de safra: a plantação rendeu menos do que a expectativa.
Quando os produtores começam o plantio, estimam o rendimento segundo o que plantaram. Com essas projeções, criam planos, divulgam preços, etc. A quebra dessas previsões gera distúrbios em toda a cadeia.
De acordo com especialistas, a origem do problema foram as condições climáticas nas regiões produtoras.
E AGORA...
O órgão prevê uma produção de 322,6 milhões de toneladas neste ano, o que representaria uma alta de 10,2% em relação a 2024 (292,7 milhões de toneladas).
A nova projeção (322,6 milhões de toneladas) supera em aproximadamente 2,3% a máxima registrada até o momento, que foi em 2023 (315,4 milhões de toneladas).
Desta vez, o IBGE acredita que as condições climáticas serão favoráveis às lavouras.
Analistas dizem que a recuperação esperada para as lavouras em 2025 pode gerar algum alívio para a inflação dos alimentos, que pressionou seu bolso no fim do ano passado.
Com isso, o setor volta para o topo da cadeia alimentar: deve atingir o patamar de R$ 1,3 trilhão.
QUEM MANDA?
A China. O Brasil quer ampliar as vendas para o país, aproveitando a alta do dólar. As restrições do governo Trump a produtos chineses podem mudar o fluxo do comércio na América Latina.
Para o governo brasileiro, essa tensão geopolítica conta em favor das commodities nacionais, especialmente a soja. A China, que exporta um terço dos manufaturados do mundo, precisa de mercado consumidor.
**TIKTOK RAIZ**
Os americanos podem ficar sem o TikTok muito em breve. Se o aplicativo não for vendido pela chinesa ByteDance para uma empresa de controle americano até o domingo (19), será banido nos EUA.
POR QUE?
A nacionalidade do TikTok basta para começar a confusão China e Estados Unidos estão em pé de guerra pela influência no mercado internacional. Você sabe bem se lê essa newsletter com frequência.
A principal justificativa dada pelo governo Joe Biden para banir a plataforma do país é a suspeita de que o TikTok rouba dados dos usuários americanos e os envia para o governo chinês.
A China nega que use a plataforma para espionagem. A ByteDance afirma que é uma empresa privada, sem interferência do governo. Suas sedes estão em Singapura e em Los Angeles, nos EUA.
Desde segunda (13), relatos de que o bilionário Elon Musk, dono do X e braço forte de Trump, estudava comprar o TikTok espalharam-se. A rede negou ter negociações em andamento com o empresário.
Sem grandes propostas até o momento, o futuro incerto faz os jovens americanos procurarem outro aplicativo para chamar de seu.
A ALTERNATIVA
REDNote é o nome americanizado da plataforma chinesa Xiaohongshu, para onde os usuários estadunidenses migram com a aproximação do encerramento do app de vídeos.
A alcunha significa Pequeno Livro Vermelho, e o público que o utiliza é composto majoritariamente de jovens chineses.
Em uma das publicações na nova rede, uma internauta denominou-se refugiada americana e disse que os americanos estão vindo para cá.
SUCESSO
A rede social disputa a liderança dos aplicativos mais baixados nos EUA com outro chinês, o Lemon8 que pertence à ByteDance, dona do Tik Tok.
Um fato curioso nessa história é que a mãe de Elon Musk, a canadense Maye Musk, tem um perfil com muitos seguidores no REDNote e visita a China regularmente.
As interações entre americanos e chineses nas redes alternativas geram conteúdos de humor na internet. E muitas reclamações sobre como os jovens não querem se render ao Reels, ferramenta do Instagram, da Meta.
**META DE CORTE**
Se a semana não estava agitada o suficiente para os funcionários da Meta, acabou de ficar ainda mais. Mark Zuckerberg, que já deu o que falar pela mudança nas regras de moderação, anunciou que cortará 5% dos funcionários.
Os cortes serão feitos a partir de avaliações de performance, diz o bilionário. Os critérios, ele não explicou.
DINHEIRO NÃO FALTA
Não é um corte de custos, é uma renovação do elenco, segundo a empresa. Os desligados serão substituídos ainda este ano, de acordo com um comunicado enviado internamente.
Decidimos elevar o padrão de gestão de desempenho e afastar os funcionários de baixo rendimento de forma mais rápida", escreveu o CEO.
Os trabalhadores que estão nos EUA devem ser avisados até 10 de fevereiro. Quem está em escritórios em outros países saberá depois. Zuckerberg promete uma generosa indenização para quem for demitido.
NÃO É A PRIMEIRA VEZ
O executivo adotou uma abordagem semelhante em 2023, quando anunciou o corte de 10 mil postos de trabalho, afirmando que aquele era o ano da eficiência na Meta.
A ideia agora é que a empresa tenha o maior talento e atraia pessoas novas.
HORA DE MUDAR
O anúncio vem na esteira das alterações anunciadas nos últimos dias: o fim do programa de checagem de fatos nos EUA, o encerramento da divisão de diversidade e inclusão e a mudança de sua política de "conduta de ódio".
Tudo reflete em alinhamento às ideias de Donald Trump, que toma posse na próxima semana. A cerimônia está marcada para o dia 20 de janeiro.
**O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER
GOVERNO LULA
Haddad diz que governadores de oposição deveriam agradecer a Lula por lei de dívida dos estados. Segundo o ministro, projeto aprovado no Congresso vai muito além do que os representantes pediram.
INSS
Contribuição dos autônomos ao INSS muda em 2025. Recolhimento é obrigatório para ter acesso à aposentadoria e benefícios previdenciários.
ENERGIA
Governo abandona plano de erguer grandes hidrelétricas e prioriza centenas de pequenas barragens
Projetos de pequenas hidrelétricas serão credenciados até 7 de fevereiro, para leilão que ocorre em julho; meta é ampliar esse tipo de fonte em 50% nos próximos dez anos
ASSUNTOS: Economia