Petrobras diz a conselho que política de preços está sendo cumprida, apesar de defasagens
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Em meio a especulações sobre aumento nos preços dos combustíveis, a diretoria da Petrobras apresentou nesta quarta-feira (29) ao conselho de administração da estatal um balanço do cumprimento de sua política de preços no último trimestre de 2024.
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A censura ao Rap e ao Funk
Defendeu que, mesmo com defasagens em relação às cotações internacionais, a política de preços foi cumprida ao garantir a venda de combustíveis acima do preço de custo e abaixo dos preços praticados por concorrentes, banda estabelecida na gestão Jean Paul Prates.
Aos conselheiros, a empresa avaliou que o cenário ainda é de muita volatilidade no mercado, mas que os preços ainda estão dentro dos parâmetros estabelecidos pela política.
Segundo a coluna Painel S.A., da Folha de S.Paulo, a Petrobras havia alertado na segunda-feira (27) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a necessidade de reajuste no preço do diesel, que está há mais de um ano sem alteração, apesar das oscilações do dólar e do petróleo.
A reportagem apurou que, após o encontro, conselheiros ligados ao governo entendem que o cenário melhorou desde o início do ano, com a queda do dólar e das cotações internacionais do petróleo, reduzindo a pressão sobre a empresa por reajustes nesse momento.
A defasagem entre o diesel vendido pela Petrobras e a paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), por exemplo, caiu de perto de R$ 1 por litro em meados de janeiro para R$ 0,55 por litro na abertura do mercado desta quarta-feira (29).
A empresa não segue mais o conceito de paridade de importação em sua política de preços, mas o indicador é um dos parâmetros para a formação dos preços e para o acompanhamento da empresa por analistas de banco.
"Nos últimos dias, todos os drivers de preços internacionais se moveram para baixo, levando a uma queda nas referências de preço da gasolina e do diesel", escreveram analistas do banco Itaú BBA em relatório divulgado na terça (28).
A decisão sobre reajustes dos combustíveis não é tomada pelo conselho da Petrobras, mas, sim, por um grupo formado pela presidente da companhia, Magda Chambriard, e pelos diretores Financeiro, Fernando Melgarejo, e de Comercialização e Logística, Claudio Schlosser.
A cada três meses, a direção da companhia apresenta ao conselho dados sobre o cumprimento da política de preços no trimestre anterior. Mas não há também uma votação sobre o tema.
Magda não participou da reunião do conselho: está em Brasília para reuniões com a área ambiental do governo sobre a exploração de petróleo na margem equatorial. O representante do ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, também esteve ausente.
A reunião foi esvaziada de vez com a saída, no fim da manhã, do presidente do colegiado, o secretário de Petróleo e Gás do MME (Ministério de Minas e Energia), Pietro Mendes.
Independente de qualquer decisão da Petrobras, gasolina e diesel sobem neste sábado (1) com repasses do aumento do ICMS, jogando ainda mais pressão sobre a popularidade do governo, já prejudicada pelo impacto da inflação dos alimentos no bolso do consumidor.
O imposto sobre a gasolina sobe R$ 0,10 por litro e o sobre o diesel, R$ 0,06 por litro.
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ASSUNTOS: Economia