Serviços e indústria crescem e estimulam PIB no 2º trimestre; agropecuária cai
RIO DE JANEIRO, RJ, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no segundo trimestre teve impulso de resultados positivos do setor de serviços (1%) e da indústria (1,8%), enquanto a agropecuária mostrou queda (-2,3%).
É o que indicam dados divulgados nesta terça-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As variações são em relação ao primeiro trimestre deste ano. No mesmo recorte, o PIB avançou 1,4%.
O setor de serviços é o maior empregador do país e o principal componente do PIB pela ótica da oferta, com peso de quase 70% no indicador.
Analistas dizem que o consumo de serviços e bens industriais teve impulso do aumento da renda no segundo trimestre. O mercado de trabalho aquecido e as transferências governamentais estariam por trás desse movimento.
Nos serviços, houve altas em atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2%), informação e comunicação (1,7%), comércio (1,4%), transporte, armazenagem e correio (1,3%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1%), atividades imobiliárias (0,9%) e outras atividades de serviços (0,8%).
O crescimento na indústria se deve aos desempenhos positivos de eletricidade, gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos (4,2%), construção (3,5%) e indústrias de transformação (1,8%). Por outro lado, houve queda de 4,4% nas indústrias extrativas.
Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, com o fim do protagonismo da agropecuária, a indústria se destacou no segundo trimestre, especialmente eletricidade, gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos e construção.
A agropecuária, por sua vez, sentiu os problemas climáticos neste ano. O Rio Grande do Sul, por exemplo, amargou enchentes de proporções históricas no segundo trimestre. As fortes chuvas afetaram parte das lavouras e da criação de animais no estado.
A projeção mais recente do IBGE, relativa a julho e divulgada em agosto, indicou que a safra brasileira de 2024 deve ser 5,5% menor do que a verificada em 2023.
ASSUNTOS: Economia