Produto mal reciclado de uma cultura de dominação e do medo
Terminou o período de propaganda eleitoral. Mas ficou uma mancha escura que precisa ser lavada da alma do povo amazonense. Não podemos fazer de conta que nada aconteceu de sujo nesta campanha. Isso seria dar o nosso aval e significaria a aceitação de que sujeira em campanha eleitoral é fato consumado; tem de existir. Não é não. O “jogo sujo” é uma prática que tem de ser abolida. Principalmente quando invade a intimidade dos lares e desperta o sentimento doloroso de que somos todos sujos. Porque aceitamos.
O caráter publicamente destemperado e desrespeitoso, até com a própria Justiça Eleitoral, de um cidadão candidato não pode ser levado na conta de que é “fato normal” numa disputa política. Adentramos há pouco o terceiro milênio da nossa história humana, sob a égide de que será o tempo de paz e harmonia prognosticado pela chegada da Era de Aquarius. E se aceitarmos que um cidadão, que se dispõe a governar o nosso povo, use de artifícios antiéticos e desmoralizantes, para tentar provar que é o melhor na disputa, estaremos caminhando, no mínimo, para uma regressão moral.
Esta eleição, como já dissemos, vai ser decidida pelos cidadãos que desejam limpar a sujeira da política, varrendo para o lixo do esquecimento histórico aqueles que se apresentam como “os melhores”, quando na realidade são apenas produtos mal reciclados de uma cultura de dominação, de medo, de desrespeito aos mais humildes. Os cidadãos de Manaus já lhes destinaram o caminho da derrota em 2012. Agora é a ocasião de enterrar de vez toda a sujeira mórbida que eles produzem.
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