Governo pode pedir apoio das Forças Armadas para distribuir Enem
BRASÍLIA - A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, afirmou nesta segunda-feira que o governo estuda alternativas aos Correios, em crise e sob risco de privatização, para fazer a distribuição das provas do Enem 2017. Uma das saídas seria pedir o apoio das Forças Armadas.
— Está sendo pensada essa alternativa a partir das declarações do senhor ministro Gilberto Kassab de que o Correio seria todo terceirizado. Estamos analisando situação com bastante cuidado. E tomaremos as providências necessárias — disse Maria Inês.
— Estamos considerando a situação dos Correios e estamos cientes de que, se for ocaso, as Forças Armadas podem nos ajudar.
O Enem requer uma complexa logística de distribuição de provas por questões de segurança. No ano passado, por exemplo, o exame foi aplicado em 1.727 municípios. Os cadernos de prova saem da gráfica já lacrados antes de serem manuseados remetidos aos locais de aplicação. Neste ano, a estimativa é que haja cerca de 222 mil salas de prova.
Uma das mudanças da edição deste ano do Enem é o caderno de prova personalizado com o nome do aluno, que virá encartado com o cartão de respostas. As provas continuarão sendo divididas em quatro tipos (identificadas por cores) e terão uma frase de segurança, que o participante tem que escrever no cartão de resposta. Não será mais necessário, porém, redigir a cor da prova.
Os participantes do Enem 2016 poderão consultar o espelhos da correção da redação a partir desta terça-feira na Página do Participante. O acesso estará aberto a partir das 10h, segundo o Inep. O órgão lembra que a correção é exclusivamente para vista pedagógica, ou seja, para que o participante saiba como se saiu em cada uma das cinco competências avaliada
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