Polícia desbarata rede nigeriana de tráfico de mulheres na Espanha
MADRID - A polícia espanhola anunciou neste domingo ter desbaratado uma rede de origem nigeriana que trazia mulheres desde esse país africano e depois as obrigava a se prostituírem na Espanha, numa operação liberou dez vítimas e deteve 15 pessoas.
“As vítimas eram aliciadas Nigéria e levadas por diferentes rotas para nosso país, onde eram prostituídas em clubes na província de Málaga”, no Sul do país, informou a polícia espanhola em um comunicado.
Para ir para Espanha, por terra e barco ou de avião, as mulheres “contraiam uma dívida com a organização que oscilava entre 25 mil e 55 mil euros, e eram obrigadas a exercer a prostituição em condiciones desumanas”, acrescentou o texto.
As vítimas “deviam exercer a prostituição todos os dias dla semana durante longas jornadas” e eram controladas “mediante rituais de vudu que se realizavam tanto na Nigéria como em Málaga”, infundindo-lhes o temor de que suas famílias poderiam sofrer represálias.
A investigação, que começou em 2017 graças à denúncia de uma vítima, acabou com o fim da rede criminosa, que era liderada por uma mulher na Nigéria, e a prisão de 15 pessoas em Málaga, Algeciras e Madrid e a libertação de dez mulheres, detalhou a polícia.
Durante o último ano a polícia espanhola já deteve mais de 1,2 mil pessoas por tráfico de mulheres e resgatou 223 vítimas de exploração sexual.
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