Advogados alegam que albanesa estuprada provocou Robinho e amigos com dança
Novos trechos da sentença condenatória de Robinho mostram que a defesa tentou alegar que a jovem estuprada teria “incentivado” o jogador e mais cinco amigos dele ao dançar de forma sensual com eles.
No documento divulgado pelo o Uol, os advogados se baseiam no depoimento do músico Jairo Chagas para firmar o argumento: "Ela os provocou, continuou a dançar com um e depois com o outro e continuava a lhes tocar o pênis”, declara o músico.
Contudo, a manobra não foi aceita pela juíza Mariolina Panasiti, que fez questão de anunciar o veredito usando o mesmo trecho da fala de Chagas, no qual ele admite que a albanesa foi sim estuprada: “Mas seis é demais”.
Jairo chegou até a comentar sobre o caso com uma amiga condenando a atitude dos amigos. Em conversas interceptadas pela polícia italiana entre ele com Robinho, o músico chega a confirmar que viu Robinho colocar o pênis na boca da mulher que estava completamente bêbada.
Panasiti também fez questão de frisar na sentença que uma dança sensual não é um convite e muito menos consentimento para o sexo, sobretudo quando se está sobre efeito de álcool: "Não está claro como uma dança, mesmo sensual, possa induzir a um consentimento antecipado para haver relações sexuais contemporaneamente com várias pessoas, em um camarim não frequentado, em cima de um banquinho. Comportamentos que até o próprio Jairo — que pretendia proteger e defender seus amigos — definiu nada menos do que excessivo ('mas seis são demais!)”, escreveu.
Robinho recorreu do veredito em aguarda o julgamento em segunda instância, caso haja condenação, ele pode recorrer por mais uma vez. Ricardo Falco, amigo dele também foi condenado há 9 anos de prisão, juntamente com o atleta.
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