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Apelido de Bala Loka, que está nas finais do BMX, nasceu de tombo em pista

Por Folha de São Paulo

30/07/2024 22h45 — em
Esportes



MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) - Gustavo Batista de Oliveira, o Bala Loka, afirma ter "três ou quatro" manobras guardadas na manga para a final do BMX Freestyle, que será disputada nesta quarta-feira (31). Ele conseguiu a vaga para a decisão com média de 85.79 pontos, na oitava posição entre os nove que avançaram.

O apelido surgiu de um acidente sofrido por ele ao passar rápido demais em uma rampa e tomar um tombo.

Bala Loka, 21, realmente surgiu como uma bala no cenário do BMX. Ele sequer imaginava que poderia ser um atleta olímpico até a inclusão da modalidade freestyle nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. Dali em diante, quando percebeu que fazia manobras semelhantes às das apresentadas pelos competidores, viu que poderia conquistar o seu espaço.

A bicicleta sempre foi uma extensão da vida de Gustavo, desde a infância. Ele já disse que a infância "foi andar de bicicleta".

Aos 15 anos, em 2017, ganhou uma etapa da Copa do Mundo, na China, e ainda assim não viu um futuro como competidor, por causa da falta de apoio.

"Estamos trabalhando muito, treinando muito para estar na final das Olimpíadas. (...) Estar nessa final é incrível. Estava um pouco nervoso por conta do calor. Eu dei uma segurada [na etapa de classificação]. Não fiz o básico, mas uma volta boa para estar numa final. Teve alguns erros. Amanhã tem umas três, quatro manobras, que estão guardadas para a final", disse ele após se classificar.

Bala Loka personalizou sua bicicleta para homenagear a fauna do Brasil, com ilustrações de um papagaio, um tucano e uma onça feitas por um amigo. O capacete leva uma bandeira do Brasil.

"É o que me representa. Eu represento de onde eu vim, aonde eu cresci, ali em Caracas [Trail, pista de ciclismo em Carapicuíba, na Grande São Paulo]. Como tenho tatuagem, como tenho no capacete, como tenho na minha bike, eu carrego isso comigo para sempre", contou.

Apesar de novo, o atleta tem experiência. De 2022 para cá, somou alguns pódios, como bronze nos Jogos Sul-Americanos de 2022, um bronze inédito nos Jogos Pan-Americanos 2023, dois resultados top 10 em etapas da Copa do Mundo e mais um top 10 no Mundial da modalidade (todas em 2023).

A vaga olímpica foi conquistada com dois bons resultados em etapas classificatórias, oitava lugar em Xangai e quarto em Budapeste, na Hungria.

A Place de La Concorde, em Paris, agora conhece as manobras de Carapicuíba.


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