PARIS, FRANÇA, E SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Brasil chegou a abrir cinco gols de vantagem, mas levou a virada da Hungria nos segundos finais e foi derrotado por 25 a 24, na Arena 6 Paris Sul, na segunda rodada do handebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris. Fim dramático.

Torcida brasileira lotou o ginásio e empurrou a seleção em duelo animado em quadra e na arquibancada. O verde e o amarelo se destacaram, embora os húngaros também tenham comparecido em peso, com muitas bandeiras do país e uniformes da seleção (de futebol). Os adversários levaram um instrumento de percussão, mas os brasileiros aproveitavam as batidas para gritarem: "Brasil, Brasil".

A seleção teve um gosto amargo da medalha olímpica inédita. Na estreia em Paris, as brasileiras venceram a Espanha por 29 a 18. O Brasil, embora tenha sido campeão mundial em 2013, nunca chegou ao pódio no handebol feminino, tendo o 5º lugar na Rio-2016 como a melhor campanha na história.

O Brasil segue com dois pontos no Grupo B. A Hungria, que foi derrotada pela França no primeiro jogo, igualou as brasileiras. As húngaras, medalhistas de prata (2000) e bronze (2004), conquistaram a classificação para Paris em primeiro na Europa.

As Leoas voltam à quadra na terça (30) para enfrentar a França, dona da casa e atual olímpica. A partida será disputara às 14h (de Brasília). As quatro melhores seleções de cada grupo avançam às quartas.

A goleira Gabi Moreschi foi novamente um dos destaques da equipe. Ela contou com a ajuda da trave, principalmente nos primeiros e últimos minutos, mas não conseguiu esbarrar a ofensiva húngara no segundo período. A cada defesa, a 'paredão' brasileira vibrava, sorria e comemorava muito.

COMO FOI O JOGO

O duelo teve disputa acirrada no placar, ponto a ponto, desde o começo. O Brasil entrou com a marcação fechada, rente ao perímetro da área, para frear o perigoso ataque adversário. As húngaras foram as primeiras a marcar e largaram na frente, mas as Leoas logo responderam e deram início, assim, à uma trocação de gols. A equipe comandada por Cristiano Rocha tinha espaço pelas pontas, mas encontrava dificuldade para converter as chances diante da goleira rival.

A seleção brasileira foi crescendo durante a partida e passou a dominar a quadra. O primeiro tempo chegou na metade com o Brasil vencendo por 7 a 6, conseguindo se recuperar depois de estar atrás por dois gols, e foi para o intervalo com vantagem ampliada para 15 a 12. As Leoas aproveitaram uma punição de dois minutos da Hungria para disparar no marcador.

O Brasil deu a impressão de que deslancharia na segunda etapa, mas passou sufoco e teve fim dramático. A seleção abriu cinco pontos na frente, mas caiu de produção, viu as adversárias apertarem na reta final e virarem faltando três segundos.