O Corinthians enfrentou um bloqueio em suas contas após uma ação judicial movida pelo empresário André Cury, o que resultou no atraso no pagamento dos salários de janeiro. Cury acusou o clube de "conduta fraudulenta" ao incluir contratos que, segundo ele, não deveriam constar no Regime Centralizado de Execuções (RCE), razão pela qual recorreu à Justiça Federal.

O Corinthians, por sua vez, acredita que está protegido pelo RCE, e espera que o acesso à sua movimentação financeira seja restabelecido rapidamente. O clube entende que todos os débitos estão cobertos pelo regime, que foi homologado pela Justiça de São Paulo, e por isso, todas as execuções devem continuar suspensas.

André Cury é o terceiro maior credor do clube, com uma dívida de R$ 28,8 milhões. O clube também enfrenta ações de outros empresários, como Giuliano Bertolucci, que cobram cerca de R$ 78 milhões. Somando as pendências com Cury, Bertolucci e o empresário Carlos Leite, o Corinthians deve cerca de R$ 170 milhões apenas a agentes.

Em novembro de 2024, o Corinthians entrou com um pedido para ingressar no RCE, visando um plano de pagamento parcelado das suas dívidas, que totalizam aproximadamente R$ 379 milhões. A dívida total do clube, incluindo débitos com a Caixa Econômica Federal pela construção da Neo Química Arena, ultrapassa os R$ 2,3 bilhões.

A equipe jurídica do Corinthians iniciará negociações com os credores em janeiro para alinhar o pagamento das dívidas e dar continuidade ao processo de reorganização financeira do clube.