Cuca foi apresentado como o novo técnico do Atlético-MG na manhã desta segunda-feira (13) e iniciou sua coletiva com um pronunciamento sobre o caso em que foi acusado de estupro de uma menor de idade na Suíça, em 1987.

"Eu demorei tanto tempo para falar sobre esse tema, e hoje, ao abrir a coletiva falando sobre ele, é porque agora eu consigo falar, consigo ver meus defeitos", afirmou o treinador.

O QUE ACONTECEU

Cuca revisitou o assunto, lembrando que, em março de 2024, havia lido uma carta após sua estreia no Athletico-PR, na qual comentou sobre a anulação de sua condenação por estupro.

O técnico de 61 anos ressaltou que tem se dedicado constantemente para ser uma pessoa melhor e criar um mundo mais justo para as mulheres. "Eu sei que esse é um tema que vai surgir novamente, com todo direito. É um tema sensível, delicado e importante, relacionado ao caso da Suíça. Quando li aquela carta no Athletico, tomei a decisão de ser uma pessoa melhor, um homem melhor. E tenho aprendido muito com as pessoas ao meu redor, com minha família, que é quase toda feminina."

"Eu demorei para falar sobre isso, mas hoje, ao começar essa coletiva falando sobre o assunto, é porque agora consigo reconhecer meus erros. Por muito tempo, tentei falar sobre o Cuca, explicar o Cuca, mas a sociedade queria saber sobre o tema, sobre a causa, e o que eu, como homem, poderia fazer por ela. Desde aquele momento, tenho me dedicado a entender mais o tema, não só pelas minhas filhas, netas, mãe e irmã, mas pelo respeito que as mulheres merecem e pela igualdade que devemos buscar", completou Cuca.

O QUE MAIS ELE DISSE

Cuca também falou sobre o machismo no futebol. "Vivemos em um mundo machista, e o futebol ainda é muito machista. Se olharmos para este auditório, podemos ver que 70% ou 80% das pessoas são homens. Mas já foi muito pior no passado."