Fifa mantém eliminatórias da Copa mesmo com covid em alta na América do Sul
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Apesar da epidemia de coronavírus ainda estágio avançado na América do Sul, a Fifa manteve as datas das eliminatórias da Copa do Mundo para setembro na Conmebol e na também na Uefa, com a disputa europeia. Houve ainda um adiamento do Mundial de Clubes de 2021, que não será mais no meio do ano. Sobre o Mundial deste ano, 2020, ainda não há decisão oficial.
Financeiramente, a federação internacional anunciou também um fundo de US$ 1,5 bilhão entre repasses e empréstimos para ajudar associações nacionais e clubes em dificuldades durante este momento peculiar.
Houve uma reunião do Conselho Executivo da Fifa nesta quinta-feira. Durante o encontro, o principal assunto foi a escolha de Austrália e Nova Zelândia como sedes da próxima Copa do Mundo feminina em 2023.
Além disso, a Fifa precisava tomar decisões sobre os efeitos da Covid em seu calendário. Ao final da reunião, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, informou que o Mundial de Clubes de 2021, que seria no meio do próximo ano, foi adiado sem nova data definida. Segundo o dirigente, a medida foi tomada para que a Europa e a América do Sul tenham tempo para suas competições, Euro e Copa América.
Sobre o Mundial de 2020, não houve uma decisão. A Fifa monitora a situação dos torneios continentais para saber se o torneio sofrerá alguma modificação.
Já as eliminatórias da Copa na Conmebol e na Uefa foram mantidas para setembro quando serão iniciadas com as primeiras datas. A questão é que a América do Sul ainda é um dos continentes atualmente mais atingidos pela pandemia de coronavírus. A Libertadores, por exemplo, ainda não tem datas certas para retornar. Os outros continentes tiveram adiamento das janelas internacionais.
Infantino disse que, na elaboração dos ajustes no calendário, foram levadas em conta todas as partes.
"Estamos preocupados com a saúde dos jogadores. Estamos estudando com os grupos e a Fifpro. Demos a opção de cinco substituições. Não acho que o problema é dos clubes ou das associações. Cada um pensa em si, e a Fifa tem que achar a melhor solução e nem todo mundo vai ficar feliz", disse Infantino.
A Fifa anunciou um fundo de US$ 1,5 bilhão para ajuda do futebol no meio da pandemia. Uma parte do dinheiro será em repasses de doações para associações nacionais, que terão de investir metade no futebol feminino.
Além disso, a entidade disponibilizou até US$ 5 milhões em fundos para empréstimos por associação nacional, que poderá repassar para os clubes sem juros. Pela receita da CBF, que é o critério para o total a ser emprestado, a entidade pode pegar todo o dinheiro e emprestar para clubes. A CBF já tem uma linha de crédito para clubes usando como garantias dinheiro do Brasileiro a ser recebido da Globo.
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