'Inter pode voltar ao Beira-Rio só daqui a 90 dias', diz vice-presidente
ARACAJU, SE (UOL/FOLHAPRESS) - Vice-presidente do Internacional, Ivandro Morbach afirmou em entrevista ao De Primeira que o Beira-Rio pode levar até 90 dias para ficar apto a receber jogos de futebol. O estádio segue sem água nem energia após as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul.
Até lá, o dirigente afirmou que o Inter vai precisar de suporte financeiro da CBF para mandar seus jogos fora do estado. Segundo ele, a possibilidade de inversão de mando de campo no Brasileirão também ajudará nesse momento de grande dificuldade.
'Inversão do mando de campo nos ajuda': "Essa possibilidade da inversão do mando de campo nos ajuda, com certeza. Agora depende de diversas questões, porque os dois jogos precisam ser definidos, mas certamente ajuda e para alguns jogos mais pra frente nós trataremos disso junto à CBF e com os times adversários, para buscarmos essa inversão de mando de campo. É tudo diferente, toda a operação é diferente, os custos com logísticas, deslocamentos, esse apoio para bancar essa estrutura logística que a CBF nos ofereceu está dentro da nossa expectativa. Então, consideramos um avanço importante essa reunião de ontem, embora não o ideal, mas já tem uma previsibilidade maior, uma luz no fim do túnel, estamos nos preparando para a retomada do futebol nesse momento difícil. É um momento dificílimo, só quem está vivendo no Rio Grande do Sul para saber o quanto está difícil a situação".
Beira-Rio em até 90 dias: "60 dias seria viável, creio eu, mas é a projeção mais otimista. A gente pode tranquilamente dar a mais pessimista, que é uma realidade que pode acontecer, porque depende de muita coisa inclusive da situação climática aqui, que está muito complicado, e do próprio replantio do gramado. Então, a mais pessimista seria em torno de 90 dias. Tudo pode acontecer, ainda estamos sem energia no Beira-Rio, sem água no Beira-Rio, tivemos prejuízo nas subestações que atendem ali o nosso estádio. Estamos projetando o início da limpeza no complexo para a semana que vem, ainda estamos vendo o tamanho do prejuízo, eu falo do Beira-Rio, sem contar nosso Centro de Treinamentos, que ficou submerso infelizmente. Mas enfim, é um interesse nosso retomar o mais rápido possível a retomada para a gente mandar os jogos no Beira-Rio".
Prejuízo inicial de R$ 50 milhões: "Fica até complicado falar nisso porque o estado inteiro está sofrendo, é prejuízo em toda a infraestrutura, prejuízo de vidas, é uma tragédia humanitária mesmo. Nós temos cerca de meio milhão de pessoas fora das suas casas, isso é uma tragédia social. Então quando a gente vai falar do futebol, ele também faz parte do setor produtivo, tem toda uma indústria que movimenta recursos e que é importante retomar. Então, a gente também precisa falar num momento como esses dos nossos prejuízos patrimoniais, que podem chegar ao montante de R$ 50 milhões".
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