Melo sofre pressão e deve demitir diretor do Corinthians citado em depoimento
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O presidente Augusto Melo sofre pressão para demitir Marcelo Mariano, diretor administrativo do Corinthians que foi citado em depoimento do CEO da Vai de Bet, José André da Rocha Neto, à Polícia Civil de São Paulo.
Desde que a publicação dos detalhes da oitiva de Rocha Neto vieram à tona, na última quinta-feira (9), o mandatário sofre pressão em seu entorno para demitir Marcelo Mariano, conhecido como Marcelinho.
Fontes ligadas à diretoria alvinegra afirmam que a saída do diretor deve ser anunciada na próxima segunda-feira (13). Nos últimos dois dias, o tema esquentou no Parque São Jorge e chegou até a circular entre profissionais do CT Joaquim Grava.
A pressão sobre o presidente é decorrente de dúvidas a respeito do intermediário no patrocínio da Vai de Bet. Em seu depoimento à polícia, Rocha Neto disse não saber quem é Alex Cassundé, empresário que figurava no contrato como intermediador do negócio entre a casa de apostas e o Timão. Ele receberia R$ 25 milhões de comissão caso o acordo não tivesse sido rompido. Atualmente, ele é um dos investigados no inquérito policial.
Segundo informações obtidas pela polícia, Alex Cassundé não teria participado da negociação e teria sido colocado por Marcelo Mariano como intermediário no contrato. Em março, a empresa de Cassundé, Rede Social Media Design Ltda., realizou transferências para uma empresa fantasma, chamada Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, que pertence a uma "laranja".
Marcelo Mariano é considerado braço direito de Melo
Nos últimos meses, Marcelinho ganhou fama de "intocável" no Timão pela proximidade com o atual presidente. Ele chegou a ter plenos poderes no clube, como uma espécie de "faz tudo" dos departamentos.
O diretor transitava entre os departamentos financeiro e jurídico, mandava pagar notas, opinava em contratos fora de sua alçada e ganhou desafetos pelo estilo de administração. Após o escândalo no rompimento com a Vai de Bet, houve muita pressão para que ele fosse afastado, mas Augusto bancou sua permanência pela relação próxima.
O cenário só mudou na última semana, meses após as primeiras denúncias envolvendo o nome do dirigente. O depoimento de Rocha Neto elevou ainda mais as cobranças.
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