Queda de Dorival vira questão de tempo na CBF após vexame da seleção
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BUENOS AIRES, ARGENTINA (UOL/FOLHAPRESS) - A demissão do técnico Dorival Júnior virou questão de tempo na CBF. Não há clima para continuidade do treinador à frente da seleção brasileira. A gota d´água foi a goleada sofrida diante da Argentina.
Nos bastidores que cercam o presidente da CBF, a saída de Dorival é tida como certa, segundo o UOL apurou. A questão é quando Ednaldo vai apertar o botão de ejetar.
Dorival já estava em xeque antes da Data Fifa deste mês (a primeira do ano). O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, queria duas vitórias. Mas o clima azedou de vez porque não só o Brasil perdeu para os argentinos, mas tomou um baile.
Pessoas próximas ao presidente da CBF fazem a leitura de que ele só anunciaria a saída de um técnico se tivesse outro engatilhado. Além disso, o timing para trocar na seleção permite que Ednaldo ainda adie qualquer decisão, por ora. A próxima Data Fifa é só em junho. Com Dorival, não há tanta paciência. O clima já é de fim de trajetória.
COMO FOI O EDNALDO APÓS DERROTA
nesta terça-feira (25), o presidente da CBF desceu para os vestiários cinco minutos antes do apito final. A goleada já estava consolidada. O comportamento dele ao longo da partida foi descrito como frio. Ednaldo não deixa transparecer muito as emoções.
Ao receber quem estava em campo, deu mensagem de apoio aos jogadores e à comissão técnica. A frase de Raphinha "porrada neles" dita a Romário não foi considerada como elemento para causar um futebol tão ruim.
Ednaldo tem por costume deixar o estádio junto com os jogadores. Por isso, passa na zona mista. Mesmo sem dar entrevistas, disse que se pronunciaria nesta quarta-feira (26) sobre o tema.
"Pressão é sempre grande, eu tenho consciência de tudo o que representa, de tudo o que vinha sendo desenvolvido", admitiu Dorival, na coletiva pós-jogo no Monumental de Núñez.

ASSUNTOS: Esportes