SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O técnico Luís de la Fuente, da seleção espanhola, rebateu a 'sugestão' de Vini Jr. para que a Espanha não seja mais sede da Copa do Mundo de 2030 se os casos de racismo não diminuam.

Luís de la Fuente afirmou que a Espanha não é racista. O treinador espanhol, no entanto, reconheceu que "há casos indesejáveis".

O treinador espanhol disse que o país é um "exemplo". As declarações foram dadas durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (4).

"Eu não ouvi [a fala de Vini Jr], mas me disseram. A Espanha não é racista, é um exemplo para outros países olharem. Claro que existem casos indesejáveis", disse Luís de la Fuente.

Vini Jr. mostrou preocupação com o caminho a ser percorrido pela Espanha com casos de racismo. O jogador brasileiro tem sido alvo constante de episódios nos últimos anos.

Em entrevista à CNN espanhola, o jogador chegou a citar a escolha do país como uma das sedes da Copa do Mundo de 2030 -ao lado de Portugal, Marrocos, Argentina, Uruguai e Paraguai- para falar sobre os casos de racismo. Ele sugeriu, inclusive, uma mudança de local caso a nação "não evolua".

"Espero que a Espanha possa evoluir e compreender a gravidade que é insultar alguém por causa da cor da sua pele. Até 2030 temos uma margem de evolução muito grande. Portanto, espero que a Espanha possa evoluir e compreender a gravidade disso, porque se as coisas não evoluírem até 2030, acho que temos que mudar de local (da Copa do Mundo). Se o jogador não se sente confortável e não se sente seguro jogando em um país onde ele pode sofrer racismo, é um pouco complicado", declarou Vini Jr.