VaideBet pede esclarecimentos ao Corinthians e nega contato com laranja
SANTOS, SP, E SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Vai de Bet, patrocinadora máster do Corinthians, monitora as notícias sobre a intermediação do acordo e nega qualquer contato com terceiros.
A VaideBet está incomodada com a polêmica envolvendo o comissionamento do contrato do máster do Corinthians. A empresa não descarta a rescisão do vínculo válido até o fim de 2026.
A VaideBet afirma que só tratou com um intermediário (a empresa Rede Social Media Design) e nunca com a Neoway, empresa de fachada que tem Edna Oliveira dos Santos como proprietária. A mulher utilizada como laranja para uma transferência de R$ 1 milhão mora em uma comunidade de Peruibe, litoral de São Paulo.
A empresa preza por sua credibilidade e mantém contato com o Corinthians para tentar resolver o caso. O presidente Augusto Melo afirma que tem "ótima relação" com a VaideBet.
A denúncia
O pagamento de comissão de R$ 25,2 milhões à empresa Rede Social Media Design é o objeto da desconfiança. O valor foi combinado pela intermediação dos R$ 370 milhões do patrocínio master da Vai de Bet no Corinthians.
A Rede Social Media Design pertence a Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, que trabalhou na campanha do presidente Augusto Melo.
A Rede Social Media Design repassou pouco mais de R$ 1 milhão para uma empresa laranja: a Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda. A Neoway está em nome de Edna Oliveira dos Santos.
Cassundé é parceiro do diretor de marketing do Corinthians, Sergio Moura. Sergio pediu licença do cargo.
Os dois pagamentos de comissão para a Rede Social foram feitos em um intervalo de três dias e à revelia do diretor financeiro do Corinthians, Rozallah Santoro, que estava fora do Parque São Jorge. As transferências foram determinadas pelo diretor administrativo, Marcelo Mariano, sob alegação de que a Rede Social havia emitido notas fiscais e pagado os impostos.
Em nota oficial, o Corinthians disse que a negociação foi legal e que não se responsabiliza sobre eventuais repasses a terceiros.
"Todas as negociações, incluindo patrocínios, se deram de forma legal com empresas regularmente constituídas. O clube destaca que não guarda responsabilidade sobre eventuais repasses de valores a terceiros. Caso sejam apresentadas quaisquer provas de ilícitos, estes serão discutidos junto ao Conselho Deliberativo para providências que se fizerem necessárias."
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