Em Manaus, homem é preso por recrutar adolescentes para esquema de prostituição em SP
Manaus/AM - Um homem identificado como Israel de Souza Melo, 25, foi preso na madrugada dessa quinta-feira (10), no bairro Cidade de Deus, na Zona Norte, ao tentar suspeito de aliciar menores para trabalhar como “garotas de programa em ma casa de entretenimento em São Paulo.
Quatro adolescentes que aceitaram participar do esquema foram apreendidas no momento em que se preparavam para embarcar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. No estado vizinho, elas seriam recebidas por outros membros da organização criminosa que as levariam para o local onde ficariam abrigadas.
Segundo a delegada Joyce Coelho, o homem confessou que era o responsável por comprar as passagens e cuidar do transporte da meninas que eram aliciadas por meio das redes sociais: Instagram e Facebook. Por cada “remessa” que ele enviava, recebia a quantia de R$ 200.
Israel também contou que essa era primeira vez que ele fazia esse tipo de trabalho. A polícia chegou até eles depois que uma das vítimas que aceitou a proposta, ficou com medo de viajar e acabou voltando atrás. Ela mesma fez a denúncia a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente.
Em depoimento, Israel contou como funcionava o esquema e disse que a princípio, as garotas “agenciadas” não recebiam nada e tudo o que era pago pelo “serviços” delas, eram tomado pelo grupo para custear o translado, a hospedagem e os demais custos pessoais de cada uma. Só depois que todas das despesas fossem pagas é que elas teriam direito a alguma coisa.
Melo também comprou que assim que as vítimas dos criminosos chegam a São Paulo, são obrigadas a fazerem vários fotos ostentando, para estimular outras garotas a aceitarem participar do esquema. Segundo Joyce, a maioria das menores aliciadas já se prostituíam aqui no estado, mas isso não deixa de configurar crime.
Israel vai responder por tráfico de pessoas com agravante de as vítimas serem menores, e as mesmas devem receber acompanhamento psicológico para abandonarem a prática ilícita e evitar que sejam recrutadas por outro grupo novamente.
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