Testemunhas detalham esquemas de corrupção da 'Maus Caminhos'
Manaus/AM - Na audiência desta quarta-feira (3), da “Operação Maus Caminhos”, testemunhas descreveram com detalhes como funcionava o esquema de desvio de verbas da área da saúde que causou prejuízos de mais de R$ 110 milhões ao sistema público de saúde do Estado.
Entre as estratégias usadas pelo grupo de Mouhamad Moustafa, estavam o superfaturamento na compra de medicamentos e adulteração de notas fiscais.
Segundo uma ex-funcionária do Instituto Novo Caminhos que atuava na UPA do Campo Sales, Fabíola Cardoso Gomes, um medicamento que era usado na unidade, por exemplo, quatro vezes ao mês, constavam nas notas fiscais como comprados quatro mil unidades. O que multiplicava exorbitantemente os valores.
As testemunhas também afirmaram que a renda do Instituto era frequentemente usada para bancar os luxos da família do médico e dos funcionários envolvidos no esquema.
Para o procurador da República Alexandre Jabour, ficou claro que o instituto criado em São Paulo, não tinha o propósito de servir como empresa para lavagem de dinheiro, mas ao passar para o controle de Mustafa acabou sendo adaptada a função, tendo boa parte dos seus membros societários subsituídos.
ASSUNTOS: esquemas, maus caminhos, testemunhas, Amazonas