Ordem migratoria de Trump nos EUA é bloqueada por juiz
O juiz federal de Seattle James Robart ordenou, em caráter temporário nesta sexta-feira (3), a suspensão da ordem executiva emitida pelo presidente Donald Trump de proibir a entrada de refugiados e imigrantes de sete países de maioria muçulmana. A medida, que vale para todo país, foi o golpe mais duro até agora contra o polêmico decreto, que gerou protestos nos Estados Unidos. O governo ainda pode apelar da sentença.
Robart bloqueou o decreto momentaneamente, enquanto estuda um recurso de amparo apresentado pelo procurador-geral do estado de Washington, Bob Ferguson. "A Constituição prevaleceu hoje", manifestou Ferguson, após a sentença. "Ninguém está acima da lei, nem mesmo o presidente."
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, divulgou um comunicado afirmando que o governo "fará uma suspensão de emergência desta ordem ultrajante e defenderá a ordem executiva do presidente, que acreditamos ser legal e apropriada". Logo depois, uma declaração revisada foi enviada para remover a palavra "ultrajante", segundo a agência de notícias Associated Press.
"A ordem do presidente tem a intenção de proteger a pátria e ele tem a autoridade constitucional e a responsabilidade de proteger o povo americano", acrescenta o texto.
O Departamento de Justiça não tomou nenhuma decisão imediata sobre um recurso. "O Departamento espera rever a ordem escrita do tribunal e determinará os próximos passos", disse em comunicado, segundo a Reuters. A emissora americana CNN informou que companhias aéreas foram alertadas de que o governo começaria rapidamente a restabelecer vistos anteriormente cancelados, e que refugiados com vistos dos EUA também serão admitidos.
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