Ex-deputado Rocha Loures deixa prisão em Brasília
BRASÍLIA - O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures deixou na manhã deste sábado a prisão na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Na sexta-feira, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que o ex-assessor do presidente Michel Temer a sair da prisão. Fachin converteu a prisão preventiva do ex-deputado em medidas alternativas. Loures será obrigado a ficar em casa das 20h às 6h e também nos fins de semana e feriados. Além disso, Fachin mandou avisar a Polícia Federal para que ele seja solto e seja providenciada uma tornozeleira eletrônica.
Em nota, a Polícia Federal informou que Loures ainda não está com a tornozeleira eletrônica e que o equipamento será providenciado ainda neste sábado. A Polícia Federal não soltou ontem mesmo o ex-deputado por falta do aparelho.
Rocha Loures também não poderá manter contato com outros investigados, réus ou testemunhas nos processos abertos contra ele. Não poderá deixar o país, devendo entregar o passaporte. Também está obrigado a comparecer à justiça sempre que chamado para para justificar suas atividade e manter seu endereço atualizado.
DENÚNCIA
Loures foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, junto com Temer por corrupção passiva. Segundo Janot, Temer usou Loures para receber R$ 500 mil de propina paga por Joesley Batista, dono da JBS, que firmou acordo de delação premiada. O presidente e o empresário se reuniram no Palácio do Jaburu, onde Temer mora, em 7 de março deste ano.
O encontro foi gravado por Joesley sem conhecimento do presidente. Na reunião, Temer indicou Rocha Loures como homem de confiança. Posteriormente, foi marcado um encontro entre o ex-deputado e o executivo da JBS Ricardo Saud, quando o dinheiro foi repassado.
ASSUNTOS: ex-deputado, prisão, rocha loures, Brasil