A jornalista Rhiza Castro, ex-apresentadora do Esporte Record News, afirmou que foi demitida da Record News apenas dois dias após ter denunciado que era assediada há mais de 1 ano por um diretor da emissora. 

GRAVE: Jornalista Rhiza Castro diz que foi demitida da Record dois dias após denunciar assédio sexual, e expõe bastidores. pic.twitter.com/20uHsZqZY4

— Fluffy (@TretaNewsBR) October 23, 2023

A demissão aconteceu em janeiro deste ano, mas somente nesta segunda-feira (23) ela expôs o caso, após entrar com uma ação trabalhista contra a Record e outra criminal contra o diretor, que não teve nome revelado. Os processos correm em segredo de Justiça.

"Sofri assédio sexual do meu diretor por quase um ano. No final, eu sofri retaliações porque, obviamente, não cedi… Eu não aguentava mais e decidi fazer a denúncia no RH da empresa. Eu até sabia que isso [a demissão] poderia acontecer, mas eu realmente tinha esperança de que a empresa fosse séria e que zelasse pelo bem-estar dos colaboradores", disse ela no Instagram.

“Eu tenho muito orgulho de ter tido coragem de ter feito tudo isso e saído dessa prisão. Talvez eu tenha sido a única mulher que tenha tido coragem, pois eu sei de várias outras que, assim como eu, sofreram na mão dessa pessoa. É muito triste, pois a gente acaba se sentindo invalidada como profissional, principalmente, mas também como mulher, como ser humano."

Segundo Rhiza, o diretor começou com brincadeiras e comentários sobre sua aparência, até que a situação foi adiante.  "Depois, foram infinitos convites para jantar, tomar vinho... E cada vez mais comentários sobre a minha beleza", disse ela ao Notícias da TV.

A jornalista relata que o profissional a enviava presentes e elogios, e que ela temia denunciá-lo e não ter o apoio da empresa. Rhiza afirma que no início do ano, resolveu dar um voto de confiança ao procurar o setor de Recursos Humanos, mas apenas dois dias depois foi demitida sob a justificativa de “corte de gastos”. 

“Conheci outras mulheres que passaram por situações semelhantes com ele, mas que não tiveram coragem de falar", afirmou.

A Record ainda não se pronunciou.