Kenneth Iwamasa, de 59 anos, assistente pessoal de Matthew Perry, é um dos cinco presos nesta quinta-feira (15) por envolvimento na overdose acidental do ator, eternizado pelo papel de Chandler em "Friends".  Além de Iwamasa, foram presos dois médicos da Califórnia, uma traficante de drogas conhecida como 'Rainha da Ketamina' e outro suposto traficante, todos acusados de envolvimento na morte acidental do ator.

Conforme documentos obtidos pela rede NBC, Kenneth Iwamasa, assistente pessoal de Matthew Perry há anos, morava com o ator na mansão onde ele foi encontrado morto em uma piscina. Segundo a promotoria, foi ele quem aplicou a dose que levou à morte do ator por overdose acidental.  Iwamasa admitiu ter injetado a droga várias vezes em Perry, mesmo sem treinamento médico, inclusive no dia de sua morte.

Rainha da Ketamina e médicos presos ----  A dose foi fornecida pela "Rainha da Ketamina", e a seringa utilizada foi fornecida pelo médico Salvador Plasencia, que já havia distribuído ketamina para o ator e seu assistente anteriormente.

"Idiota" ---- Ainda segundo a promotoria, o médico teria conversado com outro médico, Mark Chavez, sobre como tirar dinheiro do ator através da venda de ketamina, referindo-se a Matthew como "idiota". Outro preso nas investigações foi um amigo de Matthew e suposto traficante de rua, Eric Fleming.

“Eles sabiam que o que estavam fazendo era um grande perigo para o Sr. Perry, mas fizeram mesmo assim. No final, esses réus estavam mais interessados ​​em lucrar com o Sr. Perry do que em cuidar de seu bem-estar”, afirmou um dos procuradores federais responsáveis pelo caso, Martin Estrada.

Histórico ---- Matthew Perry lutou por anos contra o vício e passou por diversos tratamentos. Um deles envolveu o uso de ketamina, como ele relatou em sua autobiografia “Amigos, Amores e Aquela Coisa Terrível: As memórias do astro de Friends". “Eu recebia infusões diárias”. “Era uma droga urbana muito popular na década de 1980, mas hoje existe uma forma sintética que é usada para dois objetivos: amenizar a dor e ajudar com a depressão. É como se ela tivesse sido feita para mim – poderiam muito bem tê-la batizado de ‘Matty’. Tomar ketamina é como levar uma porrada na cabeça com uma pá gigante de alegria. Mas a ressaca era difícil demais, mais pesada que a pá. Ketamina não era a minha praia”, afirmou.

Segundo a autópsia, Perry estava em tratamento com ketamina para lidar com a ansiedade e a depressão. No entanto, a última sessão havia ocorrido uma semana e meia antes de sua morte, o que tornou surpreendente a quantidade elevada da substância encontrada em seu corpo. Isso sugere que ele provavelmente utilizou a droga de maneira não prescrita.