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Cintia Chagas detalha relacionamento turbulento com Bove: 'atirou uma faca'

Por Portal Do Holanda

18/10/2024 21h41 — em
Famosos & TV


Foto: Reprodução/Instagram

Cintia Chagas deu uma longa entrevista nesta sexta-feira (18) à revista Marie Claire --- a sua primeira falando abertamente sobre a denúncia de agressão ao ex-marido, o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP). 

Na conversa, a influenciadora de 'boas maneiras' narra agressões e ameaças que teria sofrido do político, e dá detalhes sobre o relacionamento. De acordo com a revista, que teve acesso ao processo judicial, a Polícia Civil identificou a prática de quatro crimes: violência contra a mulher, ameaça, injúria e perseguição.

  Cíntia falou sobre a falta de conhecimento sobre relacionamentos abusivos, especialmente entre mulheres de direita:  "Talvez exista um preconceito [entre mulheres de direita] em relação à literatura que gira em torno das agressões, da violência contra a mulher. Não se trata de um assunto sobre o qual conversamos no dia a dia, e isso é absurdo. Honestamente, não tinha conhecimento sobre os passos de um relacionamento abusivo. Não entendia. Agora que parei para ler e entender que vivenciava tudo aquilo e que, muitas vezes, achava que a culpa era minha. Queria ter uma relação tradicional, bonita e romântica. Mas agora entendo que, por não conhecer os processos de um relacionamento abusivo, confundi força com abuso. O limite entre essa firmeza e a violência é muito tênue."

A influenciadora relembra o momento decisivo que levou ao fim do relacionamento:  "[...] sempre criei uma desculpa para as atitudes dele. O que fez com que a relação acabasse foi o fato de ele ter me expulsado de um casamento ao qual fomos em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Eu não quis parar meu jantar para fazer uma fotografia com ele [e com Michelle e Jair Bolsonaro]. Ele veio para me dar um soco e falou: “Você só não apanha porque você tem 6 milhões de seguidores. Se não, eu estaria te chutando no chão agora”. Foi quando acabou para mim. Como se não bastasse, ele ainda me expulsou de um apartamento que era nosso."

Cíntia descreve outros episódios de agressão e ameaças:   "[...] Já aconteceu de ele me mandar descer [do carro] no meio da rua, eu me recusar, ele puxar minha orelha com a mão direita e gritar aqui dentro [aponta para o ouvido]. Continuando, ele jogou uma garrafa d’água em mim, bateu cinza de cigarro em uma bolsa, falou que se eu ficasse no apartamento eu não conseguiria dormir e ameaçou queimar minhas roupas. Se eu continuasse com ele, o risco era virar mais uma vítima de feminicídio, então saí de casa. Mas, antes disso, houve vários episódios. Ele sempre dizia que iria melhorar. E eu sempre acreditei. Ele ia à terapia, estava tomando remédios para se acalmar, passava por um período melhor, mas logo piorava de novo."

A influenciadora conta sobre as exigências dele na política e como isso afetava a relação:   "Queria que eu fosse a eventos e que os donos falassem da minha presença para que, dessa forma, ficassem cheios. Queria que eu apoiasse os vereadores que ele apoiava, que eu viajasse pelo interior de São Paulo em eventos de vereadores que ele queria eleger, ou que palestrasse gratuitamente para apoiadores dele. Brigávamos muito por isso. Cedi várias vezes e fui a vários eventos aos quais não queria ir. Quando eu não cedia, ele ficava sem falar comigo por uma semana. Ele dizia que, como eu não tive pai, eu não sabia como tratar um homem, que a ausência da figura masculina na minha vida fez de mim uma mulher que não sabe tratar um marido."

Cíntia descreve um episódio de agressão com uma faca:  "Foi no meio de uma discussão. Estávamos à mesa jantando e brigamos. Devo ter dado uma má resposta, levantei-me e fui até a geladeira. Da mesa, ele arremessou a faca na minha direção, bateu na minha perna e comecei a sangrar. Eu disse: “Olha o que você fez. Isso é violência, é agressão”. E ele respondeu: “Que bonitinha. Você vai me denunciar na Lei Maria da Penha, vai? Eu sou um deputado, meu amor. Acabo com você na hora em que eu quiser. Você será a louca. Experimente me enfrentar”. Na hora em que ouvi isso, disse para mim mesma que ele não era assim, que ele era aquele príncipe que conheci."

Ela fala sobre o controle e o ciúme no relacionamento:  "Ele era ciumento, mexia no meu celular, tinha a senha e controlava a minha vida. Minhas mensagens para ele eram assim: “Entrei no táxi”, “cheguei ao aeroporto”, “decolando”, “aterrissando”, “indo para o hotel”, “começando a palestra”. Tinha de dar esse passo a passo todo pra ele, com fotos comprovando onde eu estava. Ele disse: “Se você morar sob o mesmo teto que eu, vou ter mais controle da situação”. Ele sabia que exagerava, que errava, mas disse que teria controle disso se morássemos juntos. Foi assim que decidimos morar juntos, para que ele melhorasse."

E também detalha os apertões que recebia e a justificativa dele para os hematomas:  "O primeiro apertão que ele me deu foi, sim [em contexto de intimidade], é verdade. Depois disso, ele passou a apertar as minhas pernas, dizendo que “na perna ninguém vê”. Esses apertões ocorriam depois das brigas, quando ficávamos bem. Ocorriam enquanto ele estava dirigindo e me apertava com muita força, e enquanto eu não gritasse ou chorasse, ele não parava."

Nota oficial de defesa do deputado estadual Lucas Bove

“Na qualidade de advogados e procuradores do Deputado Lucas Bove, informamos que fomos surpreendidos com a divulgação na mídia e redes sociais de matérias sobre o seu relacionamento com sua ex-esposa, de cunho sensacionalista e conteúdo ofensivo, em desrespeito ao sigilo que envolve o processo, numa atitude que visa única e exclusivamente tentar macular a honra e dignidade de nosso constituído, homem público, de caráter elogiável e da mais ilibada reputação.

A defesa constituída, por ora, em respeito às regras processuais e à Justiça, se limita a afirmar a mais absoluta inocência do Sr. Lucas Bove, que brevemente será devidamente comprovada nos autos, foro apropriado para tratar das aleivosias lhe assacadas, contra as quais tomará as oportunas medidas cabíveis para responsabilizar seus detratores pelos danos causados, em todas as esferas.

Fizemos um pedido de contracautela, para que sejam fixadas medidas cautelares contra a Cíntia Chagas. Juntamos diversos documentos que evidenciam que a narrativa dela não é verdadeira.”

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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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