Dado Dolabella é derrotado em processo contra Luana Piovani

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Dado Dolabella perdeu um processo que movia contra Luana Piovani após ser chamado de "criminoso" em um vídeo publicado no Instagram. O ator protocolou uma queixa-crime contra a ex-namorada, acusando-a de calúnia, injúria e difamação. No pedido, ele solicitava que a atriz fosse condenada à detenção por suas declarações na internet.
Segundo o Splash Uol, na ação, Dolabella alegava que Luana estaria espalhando informações falsas sobre ele, além de persegui-lo e demonstrar misandria — termo que se refere a atos de ódio e preconceito contra homens. Ele ainda a classificou como "obcecada" e apontou que ela tentava prejudicar sua imagem publicamente. Entretanto, seu pedido não teve sucesso.
A polêmica teve origem em um vídeo publicado por Luana no ano passado, no qual a atriz comentava o relacionamento de Wanessa Camargo com Dolabella. "Wanessa é muito querida, batalhadora, estudiosa e dona do seu destino, não está lá sozinha, mas com a sombra de um criminoso ao lado dela. Se você acha que tudo bem se relacionar com um cara que já agrediu quatro mulheres, parabéns, é uma escolha sua. Mas de novo o Brasil todo passar pano para um criminoso é problema nosso", afirmou Luana.
Seis meses após essa declaração, Dado ingressou com a ação judicial, tentando responsabilizá-la criminalmente. Sua advogada utilizou reportagens publicadas entre 2017 e 2023 para sustentar a tese de que a atriz estaria manchando a reputação do ator há anos. No entanto, essa estratégia foi criticada pelo juiz do caso.
Na petição, a defesa de Dolabella minimizou a agressão relatada por Luana, mencionando que o fato teria ocorrido há 20 anos. Além disso, argumentou que a atriz estaria movida por ciúmes, ao vê-lo em um relacionamento com Wanessa Camargo. Também foi mencionado o histórico de Luana com Pedro Scooby, seu ex-marido e pai de seus três filhos, para reforçar a tese de que ela seria misândrica e estaria perseguindo o ator.
O caso foi analisado pelo juiz Carlos Eduardo Lora Franco, da 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, que rejeitou a queixa-crime e apontou diversas inconsistências no processo. Entre elas, a ausência de provas de que Luana tenha cometido qualquer crime. O magistrado ainda destacou que, por ter sido vítima de violência doméstica enquanto se relacionou com Dolabella entre 2005 e 2007, a atriz tem o direito de se manifestar sobre o assunto.
Na decisão, o juiz afirmou: "Não se pode afirmar que uma vítima, ao dizer que o autor do crime contra si é um criminoso, esteja praticando crime de difamação e/ou injúria. Admitir-se o contrário levaria à situação absurda de absoluto desestímulo às vítimas em sequer comunicarem os fatos ilícitos à polícia."
Ele concluiu que impedir uma vítima de se referir ao agressor como criminoso seria uma forma de violência contra sua própria consciência e, por isso, negou o pedido de Dolabella, resultando em mais uma derrota judicial para o ator.

ASSUNTOS: Famosos & TV