‘Decadente’ e ‘quase falido’: Johnny Depp é detonado pela revista 'Rolling Stone'
RIO — Estiloso, charmoso, original — simplesmente cool. A imagem de Johnny Depp sempre ajudou a vender os filmes em que atuou. No entanto, parece que a mística em torno de sua figura começa a ruir. Pelo menos é o que revela um novo retrato do artista americano feito pela revista “Rolling Stone”.
O perfil, que se concentra nos problemas financeiros de Depp e no processo contra seu ex-gerente de negócios, descreve o ator como um decadente que não consegue aceitar que seu poder de estrela está em declínio. Seu ar descolado e singular, sempre tão admirado e elogiado, aparece como um traço patético de um homem solitário, iludido e apaixonado pelos seus próprios pensamentos vazios.
Recentemente, Johnny Depp apareceu irreconhecível durante turnê com sua banda Hollywood Vampires.
O texto escrito pelo jornalista Stephen Rodrick, que passou três dias com Depp em sua mansão em Londres, aborda também o complicado imbróglio em torno de seu patrimônio, além do seu consumo de bebidas e drogas (que ocorrem constantemente durante a entrevista).
O ator fala ainda sobre sua luta contra a depressão Ele disse que começou a se sentir "para baixo" após uma série de questões pessoais e profissionais.
"Eu estava no fundo do poço. O próximo passo, para mim, era: 'você vai chegar num lugar com os olhos abertos e deixar esse lugar com os olhos fechados'. Eu não conseguia suportar a dor diária", afirmou o ator.
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Além do término com sua ex-mulher Amber Heard, que o acusou de agressão, Depp travou uma batalha judicial contra seus ex-empresários. Como resultado, grande parte de sua fortuna foi gasta, segundo ele.
"Eu tomava vodca pela manhã e escrevia até as lágrimas impedirem que eu enxergasse", desabafou, explicando que passou a manter um diário para ajudá-lo a seguir em frente enquanto estava em turnê com a sua banda, The Hollywood Vampires.
"Segui tentando entender o que eu fiz para merecer isso. Tentei ser gentil com todos. A verdade é a coisa mais importante para mim. Mesmo assim, tudo isso aconteceu."
Neste ano, a escalação de Depp em "Os crimes de Grindelwald", sequência de "Animais fantásticos e onde habitam" (2016), causou polêmica, por causa das acusações de agressão a Amber Heard. Ele foi defendido pelo diretor David Yates e pela autora da história, JK Rowling. O ator negou as acusações.
No entanto, a tônica do perfil de um Depp que tenta passar a imagem de um homem mais jovem e moderno, mas que não é mais cool o suficiente para fazer isso funcionar. Um dos bad boys mais famosos de Hollywood seria agora apenas um homem solitário, triste e decadente.
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