Depoimentos cruciais de ex e filha de Cupertino são anulados e júri deve ficar para 2025
Após a anulação do júri de Paulo Cupertino Matias, réu pelo homicídio do ator Rafael Miguel e dos pais dele em junho de 2019, o julgamento só deve ocorrer em 2025 e depoimentos cruciais feitos pela ex-mulher e filha do réu precisarão ser repetidos. O motivo da anulação foi o desentendimento de Cupertino com o seu advogado, e consequente demissão do defensor.
O comerciante alegou quebra de confiança do advogado, e com isso os depoimentos que aconteceram na quinta-feira (10) foram anulados, com nova data de julgamento a ser definida. Ele está preso desde 16 de maio de 2022 após passar anos foragido, por triplo homicídio duplamente qualificado com motivo fútil.
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"O julgamento do Paulo Cupertino, tão esperado, foi adiado. E o juiz agora terá que marcar uma nova data, provavelmente só para o ano que vem. E tudo vai começar da estaca zero. Novos jurados vão ser escolhidos, as testemunhas vão ter que ser convocadas para depor. E tudo deve acontecer, mas só no ano que vem", disse o jornalista Valmir Salaro, que acompanha o caso desde o início, durante o programa Encontro com Patrícia Poeta (TV Globo).
"A ex-mulher de Paulo Cupertino, Vanessa, e mãe da Isabela, fez questão de depor na frente do ex-companheiro, o Paulo Cupertino, a quem se referia sempre como réu. Ela contou que viveu durante 21 anos com ele e sofreu muita violência, moral e física. Depois, veio o depoimento da filha dela, da Isabela, a testemunha mais importante, que viu o crime, uma testemunha ocular. Ela fez questão de depor, contar todos os detalhes. Mas pediu ao juiz, e isso foi concedido, que o Paulo Cupertino não ficasse na sala do júri. Ele saiu e ela contou todos os detalhes do crime, detalhes que foram importantes, que poderiam contribuir para a condenação do Paulo Cupertino"
"Ele se desentendeu com o advogado, destituiu, e demitiu o advogado. E o juiz não tinha outra alternativa: teve que cancelar, anular o júri, e deve marcar uma nova data. Infelizmente a justiça não foi feita, e o sofrimento da Isabela e dos parentes do Rafael Miguel vai continuar ainda por muito tempo", disse Salaro, que classificou a relação do pai com a filha e o então genro.
"Ele não aceitava o namoro da filha, tinha um ciúmes doentio. Sempre foi ciumento, um homem perigoso. A Isabela vai depor, mas pediu para não depor na frente do pai. Ela vai depor presencialmente e relatar os detalhes do crime"
Segundo o jornalista, Isabela não usa mais o nome de Cupertino. "Ela não usa o sobrenome do pai, ela tem vergonha", disse. "Ela não vai se resguardar, ela vai contar a verdade, o garoto morreu nos braços dela".
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