Os dois filhos de Cid Moreira que foram à imprensa falar sobre o abandono afetivo do pai, Rodrigo Radenzev Simões Moreira, de 52 anos, e Roger Moreira, 45, só se conheciam pelas redes sociais e resolveram se juntar para criar um vínculo entre irmãos.

"Vamos continuar amigos para dar essa volta por cima, tentar amenizar tudo isso e ter uma vida melhor", afirmou Roger.

"Agora vamos manter a família. Gostei muito dele e passamos a ter contato. Ele é uma pessoa legal, tranquila e gente boa. Quero a convivência com ele como irmão, assim como a gente quer com o nosso pai. Não queremos o dinheiro dele. Isso ele tem que usar como achar melhor até o fim da vida dele. Não é isso que desejamos, queremos conviver com ele. Só que o único jeito de sermos ouvidos foi dessa maneira", desabafou.

Rodrigo é filho biológico do jornalista de 93 anos, e afirma que nunca teve a presença do pai na sua criação depois que os pais se separaram, além de ter sido ignorado e tratado com frieza por ele em momentos em que tentou uma aproximação. Em 2006, ele perdeu uma ação por abandono afetivo contra Cid. O filho afirma que desistiu de ser amado pelo pai.

Já Roger Moreira, filho adotivo, foi adotado aos 20 anos pelo jornalista. Ele está movendo um processo contra Cid por ter sido retirado do seu testamento. Apesar da briga, a legislação brasileira não permite que filhos adotivos sejam deserdados. A lei excluiu qualquer distinção entre filhos adotivos e biológicos; ambos têm os mesmos direitos, inclusive na herança.

Entre os dois, o que mais conviveu com Cid foi Roger, mesmo que na vida adulta. Já o filho Rodrigo afirma que não teve nenhuma proximidade com o pai, a quem encontrou durante a infância apenas aos 6 e 9 anos.