Indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco por lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Integration,  Gusttavo Lima transmitiu uma live se defendendo, ao lado do advogado Cláudio Bessa, nesta segunda-feira (30) no Instagram. "Eu não sou bandido não", afirmou em um trecho.

"Com tudo isso que surgiu nas últimas semanas, fui surpreendido com tantas mentiras, suposições, fake news. Gente, não é possível que eu tenha feito algo de errado". "Isso vai acabar o mais breve possível", disse, acrescentando que a situação é um "assassinato de reputação".

Vai de Bet - Na live, o sertanejo negou ser um "sócio oculto" da Vai de Bet, uma das empresas investigadas e da qual, segundo o inquérito, Gusttavo adquiriu 25% em julho. A polícia supeita que o cantor já fosse um 'dono oculto' da empresa muito antes disso, após um conselheiro do Corinthians - clube investigado em outra operação em São Paulo - afirmou em depoimento que o presidente do time disse que Gusttavo Lima era um dos donos da Vai de Bet, patrocinadora do 'Timão'.

Gusttavo garantiu que é somente garoto-propaganda da empresa e afirmou que tem direito a 25% dos ganhos da marca com o uso de seu nome e imagem.  

"Não sou sócio da Vai de Bet. Sou garoto-propaganda. O que o contrato diz é que eu seria dono de 25% da marca em uma possível marca. Mas sou funcionário. Eu poderia ter escolhido um pagamento fixo, mas prefiro ter participação de 25% para valorizar esta marca, mas todas as notas fiscais mostram que não sou dono."

Em seguida, Gusttavo elogiou o governo federal pela proposta em regulamentar jogos de aposta on-line, após dados mostrarem que as apostas online têm se tornado um grave problema de saúde pública,  levando pessoas ao vício e endividamento.  "Eu sempre falei, gente, jogo não é renda. Me enche de alegria saber que vai ser regulamentado. Era o meu sonho que, na escola, se ensinasse educação financeira. O governo está de parabéns em fazer essa regulamentação", disse ele.

Carona para foragidos - Outro ponto rebatido por Lima foi a questão da venda dos aviões e da viagem a Grécia, além da acusação de ter ajudado na fuga de foragidos da Integration.  O cantor explicou que não sabia da investigação, e que a viagem ocorreu antes disso. Ele negou que tenha dado carona de avião para os sócios da Vai de Bet. 

  “Meu relacionamento com os sócios da Vai de Bet é de muito profissionalismo. Meu contato com eles é 100% profissional”, afirmou Gusttavo.

Venda do mesmo avião 2 vezes  - Ele também rebateu a acusação de ter vendido duas vezes a mesma aeronave. No último ano, a produtora de Gusttavo Lima, a Balada Eventos, vendeu o mesmo jatinho duas vezes para pessoas igualmente investigadas pela Operação Integration. 

 “Não sei quantos aviões já tive na minha vida. Mas, gente, comprar um avião não é como comprar um carro”, disse, mostrando documentos com datas e assinaturas, que afirma que comprovam a sua versão. Ele afirmou que entregou os documentos à Justiça, mas que os mesmos ainda não foram apreciados.