'Marighella' ganha data de estreia no Brasil
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Dirigido por Wagner Moura, o filme "Marighella" ganhou uma nova data de estreia no Brasil: 14 de maio. A informação foi confirmada pela produtora do longa-metragem, a O2 Filmes, e pela distribuidora, a Paris Filmes.
Se não houver nenhuma mudança, a estreia marca o fim de um impasse que se estende desde o ano passado. "Marighella" tinha previsão de estrear no último dia 20 de novembro, quando se celebra a Consciência Negra. Mas, em setembro, a produção do longa divulgou uma nota cancelando a estreia da cinebiografia do guerrilheiro.
O texto dizia que "a O2 Filmes não conseguiu cumprir a tempo todos os trâmites exigidos pela Ancine". O cancelamento foi resultado da negação de um recurso encaminhado à Ancine no final de agosto, no qual a produtora questionava se a verba para a comercialização do filme poderia ser liberada antes da assinatura efetiva do contrato com o Fundo Setorial do Audiovisual, uma vez que o valor estava demorando para ser finalizado.
Na mesma ocasião, a produtora teve outro recurso negado, referente a um pedido de ressarcimento de despesas pagas no valor de mais de R$ 1 milhão. A negação dos recursos chegou a ser comemorada, na época, por Carlos Bolsonaro, filho do meio do presidente. No Twitter, ele escreveu: "Noutros tempos, o desfecho seria outro, certamente com prejuízo aos cofres públicos".
Com a negação da Ancine, os produtores optaram por atrasar o lançamento do filme em seis meses. A nova data de estreia, 14 de maio, foi comemorada pelo jornalista e biógrafo de Marighella, Mário Magalhães, nas redes sociais -parte de seu livro serviu de inspiração para o longa de Wagner Moura.
"Marighella" estreou sob aplausos no Festival de Berlim, em fevereiro do ano passado. Depois, passou por mais de 30 festivais em diferentes cidades, como Nova York e Lisboa.
A produção de R$ 10 milhões acompanha os últimos cinco anos de vida do protagonista, que é interpretado por Seu Jorge. O enredo tem início com as consequências imediatas do golpe militar, em 1964, e prossegue até o assassinato do guerrilheiro, em 1969, numa operação da polícia que é um dos marcos do fim da guerrilha urbana durante a ditadura.
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