Pode não ser tão evidente, mas a presença feminina na indústria da musica ainda é muito esquecida e reduzida. O mercado musical consegue ser um reflexo de uma sociedade machista, tentando muitas vezes apagar o papel feminino da história. Apesar destas tentativas falhas em excluir os feitos dessas grandes artistas, elas conseguiram ser maiores que isso, superar os preconceitos e ficaram marcadas como revolucionárias da música.

No ano de 2017, a revista Rolling Stone publicou uma matéria que apresentou dados que provavam a desigualdade no meio musical, já que dos 100 maiores artistas brasileiros, apenas 16 eram mulheres. Outro episódio que serviu para a matéria, foi que em 2016, o festival Lollapalooza que tinha um line up de 104 músicos, contava apenas com um total de 10 mulheres entre eles.

De acordo com a Revista Trip, durante as décadas de 60 e 70, a integração de mulheres em orquestras e bandas americanas aumentou cerca de 30% a 50% por conta de audições feitas à cegas, mostrando que o talento e capacidade na música obviamente não era algo exclusivo de homens. Devido à todos os acontecimentos que as mulheres ja tiveram que passar para serem reconhecidas como artistas, separamos uma lista de algumas das várias mulheres que mudaram o cenário da música:

1. Sister Rosetta Tharpe (1915 - 1973)

Rosetta Tharpe, que contém o título de madrinha do rock, uma mulher negra em plena década de 40, nos Estados Unidos, que tocava guitarra como ninguém jamais havia escutado antes. Rosetta entrou para história alcançando o Top 10 da Billboard várias vezes com músicas gospéis como ‘This Train’ e ‘Rock Me’. Graças à ela, o gênero musical rock foi possível, inspirando artistas como Elvis, os Beatles e Jimi Hendrix.

2. Nina Simone (1933 - 2003)

Nina Simone, nascida nos Estados Unidos, foi a primeira pianista clássica, compositora e cantora negra a fazer sucesso pelo país que passava pela segregação racial. Nina também é um símbolo de luta pelos direitos civis dos negros norte-americanos na década de 60.

3. Janis Joplin (1943 - 1970)

Uma das vozes mais importantes dos anos 60 e 70, Janis foi a maior e melhor cantora de rock de seu tempo. Dona de uma das vozes mais fortes e memoráveis da música, a artista teve um grande destaque por arriscar em um gênero musical, que na época era dominado por homens. Joplin era a única integrante mulher de sua banda e foi uma das 3 únicas mulheres a cantarem no festival Woodstock de 1969. Ela faleceu aos 27 anos, em 1970, ano de mais ascensão de sua carreira, mas ainda antes disso, conseguiu deixar sua marca na história do rock.

4. Joan Jett (1958 - Hoje)

O rock não seria o mesmo sem a guitarrista, cantora, produtora e compositora Joan Jett. Desde os anos 70, quando ainda tinha fundado a banda totalmente feminina The Runaways, Joan mudava a visão da mulher no rock. Ela é, até hoje, uma das mulheres mais importantes do gênero musical. Jett teve interesse e coragem para aprender a tocar guitarra quando ainda não era bem visto pela sociedade que mulheres tocassem instrumentos desse nível, fazendo sucesso mundialmente junto de suas colegas de banda.

5. Amy Winehouse (1983 - 2011)

Amy Winehouse foi dona de uma voz e estilo únicos, além de ser responsável por uma revolução no soul e jazz nos anos 2000. A cantora e compositora autêntica é um dos maiores nomes da história da música, juntando vários gostos diferentes com suas canções que traziam todas as suas emoções mais fortes. Amy recebeu diversos elogios de outros grandes artistas, como Tony Bennett, Prince e Bob Dylan. Ela também serviu de porta para vários outros artistas e isso persiste até os dias de hoje no cenário musical. Apesar de sua morte precoce aos 27 anos, Winehouse conseguiu deixar seu legado através de letras que todos conhecem.

Nos dias de hoje, vemos cada vez mais os espaços musicais sendo ocupados por mulheres, pelo simples fato de não aguentarem mais. Não faltam profissionais talentosas no meio musical, o que falta é a abertura parar atuar com integridade e principalmente reconhecimento pela longa história que têm na música. Para que sejam valorizadas por seu trabalho tanto quanto os homens são.