Ator americano George Clooney ajuda país africano tentando transformá-lo em exportador de café
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PARIS, França (AFP) - O ator americano George Clooney, comprometido com a causa sudanesa, disse ter convencido o grupo Nespresso, filial da gigante suíça alimentícia Nestlé, a fazer do jovem Estado do Sudão do Sul um país exportador de café.
"Foi uma sugestão minha", explicou o ator, presente em Paris para uma coletiva de imprensa sobre a política de desenvolvimento sustentável da marca, da qual é garoto-propaganda.
"Eu falei sobre o assunto e me disseram: 'veremos se faz sentido produzir café neste país'. Eles viajaram para lá e constataram que já havia pés de café e que existia uma chance de desenvolver a produção", acrescentou.
Espelhado em outros países como a Etiópia e o Quênia, Nespresso quer desenvolver culturas de café de alta qualidade em quatro regiões do Sudão do Sul (perto da cidade de Yei, no planalto de Boma, nas montanhas de Imatong e em Equador Oriental), independente há dois anos.
O objetivo é encher suas primeiras sacas em 2015.
"É um investimento de longo prazo. Não há estradas, não há infraestrutura. Mas há uma chance de dar certo, e se funcionar, poderá ter um impacto sobre a vida de milhões de pessoas", assegurou. "A única coisa que sai do Sudão do Sul por enquanto é petróleo (...) e a população parece não ser beneficiada".
Há anos, George Clooney está envolvido com a situação do Sudão, principalmente Darfur.
Em março de 2012, ele foi detido em Washington durante uma manifestação em frente à embaixada do Sudão para denunciar os "crimes de guerra" e a crise humanitária no país.
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