Furacão Ofélia provoca morte na Irlanda e deixa 120 mil sem luz
Uma mulher morreu após parte de uma árvore cair sobre o seu carro em Waterford, no sudeste da Irlanda, como consequência da tempestade Ofélia, informou hoje (16) a emissora pública irlandesa RTE.
Pelo menos 120 mil casas e comércios do país estão sem eletricidade por conta da tempestade, que vem perdendo força em seu trajeto desde o arquipélago português dos Açores. Ainda assim, o Ofélia atingiu a Irlanda com ventos de até 130 quilômetros por hora (Km/h). A informação é da agência EFE.
Além dos cortes no fornecimento de energia, houve queda de árvores nos condados de Kerry e Cork. O governo determinou, em todo o país, o fechamento de escolas e creches e restringiu outros serviços públicos, como tribunais e centros de saúde.
O aeroporto de Dublin indicou que calcula que 130 voos serão suspensos, e companhias aéreas como Ryanair, Aer Lingus, British Airways e Air France já anunciaram o cancelamento de algumas rotas.
Na Irlanda do Norte, região do Reino Unido, escolas também foram fechadas e os tribunais encerraram suas atividades ao meio-dia. Também está previsto que a tempestade afete o norte da Inglaterra, Gales e partes da Escócia.
Segundo a emissora britânica BBC, o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton cancelou, devido ao mau tempo, uma visita que faria a Belfast, na Irlanda do Norte, para impulsionar as negociações entre os partidos da região, com o objetivo de restaurar o governo de poder compartilhado.
Alerta vermelho
O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, lembrou no Twitter que o país "está em alerta vermelho", o máximo em uma escala de quatro cores, e recomendou aos cidadãos que "não saiam até que passe a tempestade".
"Seja no seu trabalho, em casa, na casa de outras pessoas, permaneçam no interior. Verifiquem se vizinhos e parentes estão bem", disse o primeiro-ministro.
Varadkar informou que o Grupo de Coordenação de Emergências Nacionais se reunirá ao longo do dia para ver quais medidas devem ser tomadas, ou se é necessário o auxílio do Exército nos trabalhos de emergência.
O Escritório Meteorológico Britânico também declarou alerta em diferentes partes do território e pediu à população que tome precauções tanto em relação ao vento quanto pelo risco de inundações.
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