Manaus/AM - Peritos do Instituto de Criminalística realizam uma manifestação na manhã dessa segunda-feira (22) na frente da sede do órgão, no bairro Cidade Nova, Zona Norte.

Segundo o assessor de comunicação Andreas Pascal, a categoria reivindica o pagamento da data base referente ao período de 2015 a 2018. Os peritos afirmam que o Governo pagou o benefício aos delegados, mas não a eles.

Além disso, os profissionais cobram de Wilson Lima, verba para a compra de materiais, viaturas para atender ocorrências e reforma do prédio. Eles afirmam que tem tirado dinheiro do próprio bolso para pagar por produtos usados nos procedimentos de autópsia e etc:

“Os peritos usam seus próprios computadores, se queimarem, as provas acabam. Os peritos compram material de luvas até máscaras. O prédio às vezes não tem água. As peças da viatura que nem são do nosso governo, muitas vezes o motorista que nem é perito tira do bolso pra pagar. A grande pergunta é: A quem interessa que a perícia não funcione? Porque quando a perícia não funciona, nenhum criminoso vai ser preso”.

De acordo com Nilton Soares, vice-presidente do Sindicato dos Peritos, além da paralisação de aviso, cerca de 80 peritos que estão concentrados no IML, discutem em assembleia a possibilidade de uma greve geral se as reivindicações não forem atendidas pelo Governo:

“Quarta-feira (24) já vai parar todos os 3 institutos (IML, IC, II). Se o Governo não revolver atender com respeito a nossa categoria, porque  a gente tenta, eles que não nos recebe mesmo, nós vamos começar a nossa operação e deflagrar nossa greve, que é a única coisa que nos resta. Era promessa desse atual governo investir na estrutura, em profissionalização e valorização da categoria, estamos cobrando o que prometeram pra gente”, desabafa o vice-presidente.