Governos europeus reconhecem Guaidó e ampliam isolamento a Maduro
GENEBRA - Países europeus começam a reconhecer Juan Guaidó como presidente da Venezuela, isolando ainda mais o regime de Nicolás Maduro. Na manhã desta segunda-feira, 4, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que "a Espanhareconhece oficialmente a Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela" e pediu que eleições sejam convocadas. A expectativa é de que outros países do bloco europeu sigam na mesma linha ao longo do dia.
Para Sánchez, as novas eleições precisam ser "livres, democráticas, com garantias e sem exclusões". De acordo com Madri, outros governos europeus se somarão ao consenso ainda nesta segunda. A uma TV espanhola, Maduro rejeitou qualquer ultimato e disse que não deixará o poder. "Não aceito ultimatos de ninguém", insistiu.
A decisão ocorre depois que França, Alemanha, Espanha e Reino Unido deram oito dias para que Maduro convocasse eleições, o que não ocorreu.
Em Londres, o ministro de Relações Exteriores, Jeremy Hunt, emitiu um comunicado em que esclarecia sua posição. "Maduro não convocou eleições presidenciais no prazo de oito dias que fixamos", disse. "Assim, o Reino Unido, junto com seus aliados europeus, reconhece agora Juan Guaidó como presidente constitucional interino até que novas eleições sejam realizadas", afirmou. "Esperamos que isso nos leve mais perto a um fim da crise humanitária", completou.
O mesmo fez a França, por meio de seu ministro de Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian. Paris, porém, insiste que Guaidó precisa, de forma imediata, iniciar um processo para convocar eleições. "Ele tem a capacidade e a legitimidade para organizar eleições", disse o ministro.
Le Drian insiste que a Europa não aceitará qualquer tipo de intervenção militar e pediu que a crise seja resolvida de uma forma pacífica.
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