Índia investiga a morte de 30 bebês por falta de oxigênio em hospital
NOVA DÉLHI — A polícia indiana está investigando a morte de 30 bebês por falta de oxigênio num hospital público no estado de Uttar Pradesh, no norte do país. É o segundo caso em menos de um mês na mesma região, o que coloca em xeque a administração do sistema público de saúde. No caso anterior, mais de 60 crianças morreram e familiares das vítimas acusaram a falta de tubos de oxigênio por falta de pagamento aos fornecedores.
A nova investigação foi lançada no domingo, após um relatório do governo culpar a equipe médica do hospital Ram Manohar Lohia pela morte de 30 crianças. Exames atestaram “asfixia perinatal” como causa das mortes de bebês internados na unidade de tratamento intensivo pediátrica, entre os dias 21 de julho e 20 de agosto, informa a Reuters.
Segundo a polícia, “mães disseram que o hospital não inseriu tubos de oxigênio após o nascimento, e a medicação apropriada também não foi oferecida”. A investigação sugere que 30 de um total de 49 bebês que morreram no hospital foram vítimas de asfixia perinatal. Essa condição é causada pela redução dos níveis de oxigenação antes, durante ou após o parto, impedindo que elas respirem normalmente.
Um juiz do distrito ordenou a abertura de investigação sobre o caso, após a imprensa local denunciar a relação entre as mortes e a falta de suprimentos básicos. O superintendente médico do governo local, Akhilesh Agarwal, negou a falta de tubos de oxigênio. O hospital, disse ele, salvou 121 das 145 admitidas em condições críticas após o nascimento.
— O resto morreu porque suas condições eram críticas — disse Agarwal.
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