Na contramão de potências, Bolsonaro defende manter escolas abertas em meio a coronavírus
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em seu terceiro pronunciamento em rádio e televisão sobre a crise do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou nesta terça (24) o fechamento de escolas para combater a epidemia.
A medida, no entanto, tem sido amplamente adotada pela grande maioria dos países. Até esta terça, 156 nações haviam fechado suas escolas, segundo levantamento da Unesco.
O órgão da ONU estima que 1,4 bilhão de alunos foram afetados pelas ações de resposta ao vírus, o que equivale a 82,5% dos estudantes de todo o mundo --cerca de 4 a cada 5.
Além do Brasil, apenas Estados Unidos, Rússia, Indonésia e Filipinas mantêm parte das escolas funcionando, segundo a Unesco. Nesses países, não houve, até o momento, uma ordem para de fechar todos os estabelecimentos.
Os demais se dividem entre aqueles que não suspenderam as aulas e aqueles que fecharam todas as escolas --este formado pela grande maioria dos países.
Nas Américas, apenas Nicarágua, Haiti, Guiana, Suriname e Guiana Francesa mantêm suas escolas abertas. Na Argentina, as aulas estão suspensas desde a segunda passada (16).
Na Europa, com exceção de Belarus, que ainda mantém as atividades escolares, e a Rússia (parcialmente), todos os países fecharam as escolas --Alemanha, Espanha, França, Reino Unido e Suíça estão entre eles.
A Itália, o país mais afetado da região, adotou a medida no dia 4 de março, mas muitas escolas do norte já haviam suspendido as atividades antes da decisão do governo federal.
O cenário se repete no Oriente Médio. A grande maioria dos países fechou todos os estabelecimentos de ensino. As exceções são Eritreia, Omã e Iêmen --este vive, desde 2014, uma guerra civil que destruiu seu sistema educacional.
Na África, países em que as escolas ainda funcionam também são exceção. A Austrália é um dos poucos países com um alto número de casos (2.044 até esta terça) que ainda mantém todas as escolas abertas.
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