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Interpol prende na Itália advogado procurado pela Lava Jato

Por Portal Do Holanda

28/02/2019 17h39 — em
Política



A Interpol prendeu na Itália o advogado Leonardo José Muniz de Almeida. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), ele era o principal auxiliar do empresário Raul Schmidt, acusado de ser operador de propinas de ex-diretores da Petrobras.

Segundo o G1 Paraná, o MPF contou que Almeida foi o principal responsável pela lavagem das propinas movimentadas por Raul Schmidt.

Schmidt é investigado pelo suposto pagamento de propinas aos ex-diretores da Petrobras Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada.

De acordo com o pedido de prisão, Leonardo Muniz Almeida emprestava seu nome e suas contas bancárias para Schmidt e familiares.

Os dois tem nacionalidade portuguesa e estão fora do país. Raul Schimidt chegou a ser preso em Portugal, mas teve seu processo de extradição suspenso pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

Segundo o MPF, Leonardo Muniz de Almeida utilizou dinheiro de propina da estatal para comprar imóveis em Lisboa para Raul Schmidt.

As investigações da Lava Jato apontam que Almeida se utilizou de uma empresa registrada na Nova Zelândia para fazer as operações imobiliárias.

De acordo com o Ministério Público, a empresa que tinha o advogado como procurador comprou um apartamento por 2 milhões de euros e uma sobreloja por 1,025 milhão de euros.

"Os recursos financeiros utilizados nos negócios vieram de contas ocultas em nome de empresas offshores controladas por Raul Schmidt Felippe Junior no exterior. Estas contas foram abastecidas integralmente com os valores de propinas recebidas em contratos da norueguesa Sevan com a Petrobras", informou o MPF.

Os investigadores apontaram que Leonardo Muniz Almeida também atuava com o ex-diretor da área de Internacional da Petrobras, Jorge Luiz Zelada.

Segundo informações do Ministério Público, os trâmites para extradição de Leonardo Muniz Almeida devem começar nos próximos dias.

Caso extraditado, ele deve responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro transnacional, de acordo com o MPF.

 


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ASSUNTOS: interpol, Lava Jato, Política

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