Quando o jornal Notícias Populares, de São Paulo, lançou, na década de 1990, uma série especial denominada de “Os crimes que abalaram o mundo”, a estória de um palhaço que roubava crianças voltou a ser difundida e tornou-se motivo de pavor naquele estado.

Na reportagem, foi apresentado o caso de um palhaço norte-americano que na década de 60 assassinava crianças, mas alguém nunca identificado, inspirado na reportagem, decidiu trazer a história para a cidade de Osasco, dizendo haver ali um palhaço que estaria roubando crianças para vender seus órgãos.

A notícia ganhou corpo em toda grande São Paulo, onde relatos cada vez mais verídicos apareceram em vários canais de televisão, pois o referido palhaço atacava em todo a região, tinha dois ajudantes, uma Kombi azul, e só atacava em escolas públicas.

Houve relatos de pessoas dando entrevista na televisão jurando ter visto o palhaço da Kombi e relatando ter sido atacado em uma escola. O boato foi tão forte que o jornal NP chegou a dar algumas capas para a "gangue do Palhaço".

Dizia-se que os roubos das crianças eram para sequestro, tráfico de órgãos e prostituição e em alguns locais, havia ainda a versão de que o palhaço agia sozinho e raptava as crianças com o objetivo de matar, como um serial killer mesmo.

Havia medo entre as crianças e adultos que não conseguiam distinguir o que era real ou lenda.

Mas apesar da grande divulgação, nunca houve prova de algum ato do tal Palhaço da Kombi. Tanto que o jornal deu manchete desmentindo a existência da gangue.