Policiais usavam carros oficiais em crimes de roubo e extorsão no Amazonas, diz PF
Manaus/AM - Policiais civis e militares, que têm postos de comando na Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), foram alvos da Operação Comboio, deflagrada pelo Gaeco e pela Polícia Federal na manhã de hoje (29), no Amazonas e em São Paulo.
Segundo o superintendente da Polícia Federal, Humberto Ramos, além dos militares, uma empresa de venda de combustível e um cidadão que não é agente público também estão entre os investigados.
Os alvos de mandados de busca e apreensão, são suspeitos de participar de uma organização criminosa envolvidos em crimes de extorsão, roubos, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro e outros crimes.
“A gente estava há algum tempo apurando, mediante alguns fatos que ocorreram em Manaus e até em outros municípios, a espécie de uma cadeia de comando que envolvia agentes da segurança pública (...) Vai ter desdobramento e a todo o material será apurado”, afirmou o promotor Igor Starling.
A operação recebeu o nome de “Comboio”, porque os policiais usavam carros oficiais da corporação para cometer os crimes, abordar vítimas e arrecadar valores ilícitos.
"Havia alguns fatos acontecendo aqui que, em regra acontecia em comboios de carros e viatura, muitas vezes ocorrendo extorsões vinculados a tráfico e outras situações”, disse o promotor de Justiça Igor Starling.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pelo MP/AM, mas o órgão adiantou que ao menos cinco deles se apresentaram na sede da PF, de forma voluntária, para prestar esclarecimentos.
Os mandados de busca e apreensão da Operação Comboio foram cumpridos em Manaus e em dois municípios do Amazonas e também em São Paulo.
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