Mulher assassinada por Marcelo Piloto trabalhava em mercado popular, diz pai da vítima
RIO — A jovem Lidia Meza Burgos, de 18 anos, assassinada por Marcelo Piloto neste sábado dentro de um quartel da polícia do Paraguai onde o traficante está preso desde dezembro, havia retornado da Argentina há quatro meses, segundo o jornal paraguaio "La Nación". A informação foi passada pelo pai da vítima, Francisco Meza.
Segundo ele, Lidia trabalhava há um mês no Mercado 4, um mercado popular de Assunção.
— Ela é nossa última filha, uma das mais mimadas — disse o pai ao canal de notícias "C9N", também do Paraguai.
Ainda de acordo com Francisco Meza, sua filha vivia em um apartamento nos arredores do mercado onde trabalhava. Lidia Meza Burgos era oriunda General Resquín, um distrito de San Pedro.
Estratégia contra extradição
De acordo com o jornal "ABC Color", Marcelo Piloto se reuniu com um de seus advogados nas primeiras horas da manhã de sábado. Depois, por volta do meio dia, a jovem Lidia Meza chegou ao quatel da polícia para um encontro a sós com o brasileiro. A jovem, segundo o jornal, estaria envolvida com prostituição.
Lidia Meza Burgos, de 18 anos, visitava Piloto pela segunda vez. Por volta de 13h50, o guarda que fazia ronda ouviu gritos vindos da cela de Piloto. Quando aproximou-se, encontrou a mulher caída no chão, ensanguentada. A vítima chegou a ser levada para atendimento médico, mas não resistiu. A jovem teria sido atingida com golpes de faca de mesa 16 vezes, segundo o promotor Hugo Volpe, que acompanha o caso.
Ainda de acordo com o promotor ao portal de notícias G1, " foi uma atitude extrema de Piloto para impedir sua extradição" para o Brasil, onde já foi condenado a 26 anos de prisão por vários crimes. A extradição de Piloto foi concedida em 30 de setembro, mas ele recorreu e agora é analisada em segunda instância. Até então, o Ministério do Interior do Paraguai acreditava que seu retorno ao Brasil pudesse ocorrer ainda este mês, já que os crimes que cometera por lá (falsificação de documentos e homicídio) são considerados de fácil conclusão.
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ASSUNTOS: Marcelo Piloto, traficante piloto, Policial