Arma travada teria impedido que delegado fizesse mais vítimas, diz presidente da OAB
Manaus/AM - A tragédia ocorrida na madrugada desse sábado (25) dentro do casa noturna Porto do Alemão poderia ter tido muitos mais vítimas, foi o que relatou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB-AM), Marco Aurélio Choy, durante entrevista na sede da Delegacia Geral, no bairro Dom Pedro, Zona Oeste.
Segundo Choy, a arma usada pelo delegado da Polícia Civil Gustavo Sotero para matar o advogado Wilson Justo, teria travado após alguns disparos: “A informação que nós temos é de que a arma travou na câmara, engasgou a bala, e isso talvez tenha sido determinante para evitar novas mortes dentro daquele ambiente, imagina um ambiente fechado de show, quantas pessoas poderiam ter sido atingidos ali”, explicou Choy.
O presidente da OAB também falou sobre o possível motivo do crime, de acordo com ele o Wilson e o delegado teriam se desentendido por conta de cantada de Sotero a Fabíola Rodrigues, esposa do advogado: “Foi uma discussão de bar, o delegado teria cantado a esposa do advogado, o advogado foi tomar satisfações com o delegado que sacou a arma e deu quatro tiros nele”, declarou.
Sotero vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil e por emprego de mecanismo que não possibilitou a defesa de Wilson. A arma foi apreendida e passará por perícia.
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ASSUNTOS: Assassinato no Porão do Alemão, Policial