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Agentes pedem a presidente interino da Coreia do Sul que facilite prisão de líder deposto

Por Folha de São Paulo

04/01/2025 13h45 — em
Mundo



BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Investigadores pediram neste sábado (4) ao presidente interino da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, que ordene ao serviço de segurança presidencial a permissão do cumprimento de um mandado de prisão contra o presidente deposto Yoon Suk Yeol.

O serviço de segurança e tropas militares impediram nesta sexta-feira (3) que polícia e agentes do gabinete anticorrupção do país prendessem Yoon, em um impasse tenso que durou seis horas em frente à residência oficial do presidente.

A ordem de detenção foi expedida pela Justiça coreana na última segunda-feira (30) depois que Yoon se recusou a prestar depoimento a respeito da tentativa de autogolpe em dezembro, caso que motivou sua depoisção pelo Parlamento.

Embora tenha sofrido um impeachment na Assembleia Nacional que resultou em seu afastamento do cargo, Yoon tecnicamente ainda é presidente até que o Tribunal Constitucional chancele a decisão, e por isso tem direito a permanecer na residência oficial com uma equipe de segurança.

O gabinete anticorrupção tem até segunda-feira (6) para executar o mandado de prisão pelas acusações de insurreição e abuso de poder relacionados à declaração de lei marcial que suspendeu os direitos políticos no país em 3 de dezembro.

O escritório anticorrupção disse neste sábado que pediu novamente ao presidente interino, que também é ministro das Finanças, que ordene ao serviço de segurança presidencial cooperação com o mandado. Um porta-voz do Ministério das Finanças não quis comentar.

A polícia pediu ao chefe do serviço de segurança presidencial, Park Chong-jun, que compareça a um interrogatório na terça-feira (7), informou a Yonhap News.

Nesta sexta, protestos de apoiadores de Yoon e a resistência dos guardas presidenciais fizeram o gabinete considerar a prisão "praticamente impossível devido ao impasse em curso".

Um comunicado do órgão dizia que "a preocupação com a segurança do pessoal no local levou à decisão de interromper a execução".

Manifestantes a favor do presidente organizaram um ato contra o mandado em frente ao prédio, dizendo que estavam dispostos a impedir a prisão de Yoon mesmo que isso custasse suas vidas.

Depois de desistir de executar a ordem judicial, o gabinete anticorrupção disse que iria investigar os comandantes da guarda presidencial, acusando-os de obstrução da Justiça.


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