Albânia propõe prisão de 15 anos para quem desrespeitar quarentena
BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) - Organizações de direitos humanos protestaram neste final de semana contra proposta do governo da Albânia de prender por até 15 anos quem desrespeitar as regras de quarentena e toque de recolher.
O texto foi enviado pelo Executivo ao Parlamento albanês. Em abaixo-assinado, cerca de 30 entidades pedem aos deputados que rejeitem a proposta, que, segundo elas, é desproporcional e viola os direitos individuais.
A Albânia está em estado de emergência desde novembro de 2019, após um terremoto que deixou 51 mortos. A quarentena e o toque de recolher foram impostos em 20 de março. A emergência terminaria em 30 de março, mas foi renovada por causa da pandemia.
Desde o ano passado, o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, sofre críticas por restringir a liberdade de imprensa, com novas leis que limitam a mídia online, e por um "pacote anticrime" que concede à polícia direito de fazer apreensões e buscas sem ordem judicial.
Nos dois casos, o Parlamento aprovou os projetos encaminhados pelo governo.
Segundo o Ministério da Saúde da Albânia, há 433 casos confirmados de coronavírus no país, e 23 mortos.
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