Após ação contra militar israelense, ministro de Netanyahu diz que Lula apoia terroristas palestinos
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro israelense Amichai Chikli, titular da pasta de combate ao antissemitismo, disse neste domingo (5) em carta enviada ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) que é "uma desgraça para o governo brasileiro" o pedido de investigação contra um militar do país que estava de férias no Brasil.
A reação do governo de Binyamin Netanyahu vem após a Polícia Federal abrir um inquérito, a pedido da Justiça brasileira, contra Yuval Vagdani, que esteve no fim de ano na praia de Morro de São Paulo, no município baiano de Cairu. A corte atendia a um pedido da Fundação Hind Rajab (HRF), entidade pró-Palestina que diz monitorar possíveis autores de crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.
Segundo o ministro de Israel, a HRF não é uma organização de direitos humanos, mas sim uma clara apoiadora do terrorismo. "Pesquisas do nosso ministério revelaram que os líderes da organização têm apoiado consistentemente o Hezbollah, o Hamas e outros grupos terroristas que buscam a destruição de Israel e o assassinato de israelenses", escreveu.
Chikli afirmou que líderes da organização elogiaram membros das duas facções. Um deles, Karim Hassa, teria dito que "os palestinos estão apenas retornando para casa no dia 8 de outubro", um dia após os ataques terroristas do Hamas contra Israel em 2023.
O ministro ainda disse que as acusações contra o militar israelense são falsas e que foram feitas com a intenção de persegui-lo e prendê-lo.
"O fato de que o Judiciário brasileiro, sob o apoio do presidente Lula, acolha indivíduos com visões tão extremas -especialmente enquanto nos aproximamos do 80º aniversário da libertação de Auschwitz- é uma desgraça para o governo brasileiro", declarou, em referência ao campo de concentração e extermínio de judeus pela Alemanha nazista na Polônia durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
"Peço-lhe, como amigo de Israel e do povo judeu, que levante uma voz clara e resoluta contra essa injustiça -uma injustiça que não se dirige apenas a um soldado israelense, mas a todos aqueles que se opõem ao terrorismo", escreveu Chikli a Eduardo Bolsonaro.
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