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Após semanas de pressão, democratas saúdam Biden como herói; Clintons endossam Kamala

Por Folha de São Paulo

21/07/2024 17h00 — em
Mundo



GRAND RAPIDS, MICHIGAN, EUA (FOLHAPRESS) - Após semanas de conflito interno, pressão nos bastidores e pedidos públicos de saída de Joe Biden da corrida pela Casa Branca, democratas reagiram ao anúncio de desistência do presidente feito neste domingo (21) saudando-o como um herói nacional que coloca os interesses do país acima dos seus próprios.

Até agora, poucos se manifestaram sobre quem apoiam para substituir o presidente octogenário. Uma dessas exceções foram os Clintons que, em nota, declararam apoio à vice Kamala Harris, mesmo nome apoiado por Biden.

"Nós vivemos muitos altos e baixos, mas nada nos fez temer tanto pelo nosso país quanto a ameaça colocada por um segundo governo Trump", disseram. "Agora é a hora de apoiar Kamala Harris e lutar com força total para elegê-la. O futuro da América depende disso."

Além de Hillary e Bill, também endossaram Kamala a deputada Pramila Jayapal (Washington), presidente da bancada progressista, a senadora Tammy Baldwin (Wisconsin), e o deputado Andy Kim (Nova Jersey).

A governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, uma das cotadas para substituir Biden, afirmou que "Biden é um grande servidor público que sabe melhor do que ninguém o que é necessário para derrotar Donald Trump".

"Meu trabalho nesta eleição continuará o mesmo: fazer tudo o que puder para eleger democratas e parar Donald Trump, um criminoso condenado cuja agenda de aumentar os custos das famílias, proibir o aborto em todo o país e abusar do poder da Casa Branca para resolver suas próprias questões é completamente errada para o Michigan", completou.

Outro cotado para substituí-lo, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, chamou Biden de "extraordinário e marcante". "Ele será lembrado na história como um dos presidentes mais impactantes e altruístas", afirmou.

Tampouco Josh Shapiro, também apontado como um possível substituto de Biden, falou sobre essa possibilidade ao comentar a desistência do presidente. O governador da Pensilvânia disse que "Biden realizou uma quantidade incrível de feitos para avançar nosso país, defender nossa democracia e proteger a verdadeira liberdade". "Tenho orgulho de trabalhar ao lado dele e sou grato por sua liderança e seu compromisso inabalável de entregar resultados para a Pensilvânia -o estado que o criou."

As lideranças do partido no Congresso, por sua vez, elogiaram em nota o presidente e a decisão de se retirar da corrida. O senador Chuck Schumer afirmou que Biden "mais uma vez colocou seu país, seu partido, e nosso futuro em primeiro lugar". "Joe, hoje mostra que você é um verdadeiro patriota e um grande americano".

Na mesma linha, o líder dos democratas na Câmara, Hakeem Jeffries, elogiou as conquistas de Biden durante sua presidência. Nenhum dos dois congressistas endossou até agora algum nome para substituí-lo.

O senador independente Bernie Sanders, próximo dos democratas e que seguiu apoiando a candidatura de Biden até o fim, afirmou que "Joe Biden serviu nosso país com honra e dignidade".

David Axelrod, estrategista democrata durante o governo Barack Obama, afirmou que "a história vai honrá-lo por suas muitas conquistas como presidente e pela terrivelmente difícil e altruísta decisão tomada hoje". "Ele entende o que Donald Trump não entende", completou, em uma postagem no X.

O presidente do Comitê Nacional Democrata, Jaime Harrison, afirmou em nota divulgada neste domingo (21) que a agremiação passará nos próximos dias por um "processo transparente e ordenado" para substituir Joe Biden, que anunciou sua saída da corrida, após forte pressão interna do próprio partido.

Apesar de Biden ter endossado sua vice, Kamala Harris, como candidata, Harrison não citou-a, e nem nenhum outro nome cotado para assumir o lugar de Biden na chapa. Ele se limitou a afirmar que o processo de escolha, sobre o qual não deu maiores detalhes, será importante "para seguir adiante como um Partido Democrata unido com um candidato que consiga derrotar Donald Trump em novembro".


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