Assembleia Legislativa do Colorado retira quadro de Trump após presidente reclamar nas redes sociais

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conseguiu que um retrato seu fosse retirado de uma galeria no Capitólio estadual do Colorado nesta terça-feira (25), dias após esbravejar contra a pintura, pendurada em 2019, nas redes sociais.
Entre uma publicação sobre tarifas e outra sobre migração, o republicano ainda se ocupou, no domingo (22), em se queixar do retrato, que considera pouco favorável. O quadro estava pendurado em uma galeria próximo de obras que retratam outros presidentes americanos, incluindo Bill Clinton (1993 - 2001), George W. Bush (2001 - 2009) e Barack Obama (2009 - 2017).

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"Ninguém gosta de uma foto ruim ou de uma pintura ruim de si mesmo, mas o retrato do Colorado, instalado pelo governador ao lado dos demais presidentes, foi propositalmente distorcido a um ponto que nem eu, talvez, tenha visto anteriormente", escreveu.
Trump se mostrou especialmente irritado pelo fato de que o retrato de Obama, realizado pela mesma artista, ficou muito melhor, em sua opinião.
"A artista também pintou o presidente Obama, e ele parece maravilhoso, mas o meu é realmente o pior. Ela deve ter perdido seu talento ao envelhecer. De qualquer forma, teria preferido mil vezes não ter nenhum retrato a ter este", indicou em sua plataforma, a Truth Social, em referência à autora das obras, Sarah Boardman.
Na segunda (24), a diretoria da Assembleia do Colorado, de maioria democrata em ambas as câmaras, atendeu ao pedido e emitiu uma ordem para que "o retrato de Donald Trump seja retirado imediatamente de seu atual local, no terceiro andar do Capitólio".
"Se o partido republicano quer perder seu tempo e dinheiro decidindo qual retrato de Trump colocar no Capitólio, é problema deles", comentou o porta-voz da bancada democrata na Câmara dos Representantes estadual, Jarrett Freedman.
O republicano aproveitou para criticar o governador do estado, Jared Polis. Segundo Trump, o político democrata, que teria autorizado o retrato, faz parte do que seria a "esquerda radical" e tem falhado no combate ao crime organizado, em especial na tarefa de barrar a atuação do Tren de Aragua, grupo criminoso que surgiu na Venezuela e vem se espalhando para outros países.
"Jared deveria ter vergonha de si mesmo", escreveu o presidente americano.
Dias antes, na sexta (21), o enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, revelou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, presenteou Trump com um "lindo retrato" no mês passado, segundo o diplomata. O gesto deixou o republicano "claramente tocado", afirmou Witkoff durante uma entrevista ao ex-apresentador da Fox News Tucker Carlson.
O diplomata ainda afirmou que, no mesmo encontro em que recebeu o presente, em meados de março, Putin contou que foi a uma igreja rezar quando Trump levou um tiro na orelha, durante um comício na Pensilvânia, em 2024.
Ainda segundo Witkoff, o presidente russo não teria rezado por seu homólogo americano porque ele era candidato à Casa Branca, mas porque "tinha uma amizade com ele e estava rezando por seu amigo". O envio do presente foi confirmado pelo Kremlin nesta segunda (24).
Trump e Putin têm uma relação próxima para líderes dos EUA e da Rússia. A amizade alimenta críticas de opositores do republicano Trump é acusado por críticos de apoiar Putin em troca de uma interferência na campanha das eleições de 2016, que deram vitória a ele, apesar de uma apuração de três anos feita pelo Departamento de Justiça dos EUA ter descartado a hipótese.
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