SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um ataque aéreo israelense matou pelo menos 90 palestinos em uma zona humanitária em Gaza neste sábado (13), segundo informou o Ministério da Saúde da Palestina. De acordo com Israel, o alvo era o chefe militar do Hamas, Mohammed Deif. Entretanto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que ainda não estava claro se Deif foi morto. As informações são da agência Reuters.

O Hamas afirma que as declarações de Israel de que o ataque visava militares inimigos são falsas e usadas apenas para justificar suas ações. Segundo o Ministério da Saúde Gaza, além dos 90 palestinos mortos, outros 289 ficaram feridos.

À imprensa, Netanyahu afirmou que ainda não tem certeza da morte de Deif e seu vice, mas que Israel perseguirá seus objetivos até o fim. "De qualquer forma, chegaremos a toda liderança do Hamas", declarou. Segundo o premiê, com o aumento da pressão militar sobre o Hamas, as chances de um acordo para libertação dos reféns israelenses seriam maiores.

Segundo a Reuters, a zona humanitária de Al-Mawasi foi designada como um lugar para o qual o Exército israelense pediu várias vezes que os palestinos se dirigissem após exigir a retirada de outras áreas.

Desabrigados relatam que o ataque destruiu tendas e deixou corpos mutilados pelo local. Israel alega que a área não era uma zona para desabrigados, mas um entreposto operacional do Hamas.

Segundo a agência de notícias, os feridos foram levados a um hospital próximo, que está sobrecarregado e é o único em operação no Sul de Gaza. Representantes afirmam que a intensidade dos ataques israelenses causou a falta de suprimentos médicos e leitos para atender todos os pacientes.